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O artigo apresenta um roteiro de leitura do conjunto da obra de Ondjaki, um dos escritores que já não precisa de se dizer angolano, circunstância que lhe permite dialogar mais naturalmente com outras tradições e também com os clássicos do seu país. Começando por identificar uma espécie de mapa de afetos literários (e artísticos), o autor destaca depois a capacidade de Ondjaki para cruzar e reinventar géneros, resultando daí aquilo a que, na terminologia do próprio ficcionista, se pode chamar momentos. Identificando os principais núcleos temáticos da obra, o autor propõe uma leitura nova de alguns dos textos de Ondjaki, em particular da sua novela O Assobiador. The article attempts to read the whole work of Ondjaki, one of the writers who doesn't need to be said Angolan, which allows him to dialogue more naturally with other traditions and with the classics of his country. Starting by identifying a kind of map of literary (and artistic) affects, the author then highlights Ondjaki's ability to reinvent and to cross genres, resulting in what we might call moments, according to the writer's terminology. Identifying the main themes of the work, the author proposes a new reading of some Ondjaki's texts, in particular his novel O Assobiador. |