Antônio José da Silva, o judeu: um leitor de Eurípides
Autor: | Melo, Lucas Gilnei Pereira de |
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Přispěvatelé: | Pereira, Kênia Maria de Almeida, Fernandes Júnior, Antônio, Cunha, Betina Ribeiro Rodrigues da |
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFU Universidade Federal de Uberlândia (UFU) instacron:UFU |
DOI: | 10.14393/ufu.di.2012.214 |
Popis: | This following paper has as it corpus the work Encantos de Medeia by Antônio José da Silva, the Jew, written in 1739, in the 18th century in Portugal, an age that religious harassment via the Inquisition Tribunals haven‟t spare Jews, intellectuals or artistes who were against the ecclesiastical dogmas. The presented work is a parodical allegory, rescued from the Greek tragedy Medeia, written by Eurípides in 431 b.C. The comedy writerfrom Lisbon, provided with multiples resources, rebuilt the Greek work under the perspective of laugh, puppets and arias that are sung by the character at the end of each scene. Starting with a complete restructureof the original work, adding and suppressing characters, conflicts and lines, the play reorganize both the leading figures acts, Jasão and Medeia. It is noticeable the ambiguous characters that, despite the moral and behavior deviations, manage to receive honors from the royal power instead of a penalty for their crimes. Besides, the participation of the gracious Sacatrapo and Arpia is very frequent; since it occupies great part of the scenes and creates the comic and mocking atmosphere with their parallel lines, due to the fact that those lines denote their masters and their own real intentions.In this way, both works were analyzed, verifying yet how both of them still appealsto critic‟s interest and arise instigating themes as infanticide, magic, values deviations and the obstreperous feeling that leads to a fatal revenge. O presente trabalho possui como corpus a obra Encantos de Medeia de Antônio José da Silva, o Judeu, escrita em 1739, no século XVIII em Portugal, época em que a perseguição religiosa, através dos Tribunais da Inquisição, não poupou judeus, intelectuais ou artistas que se opunham aos dogmas eclesiais. A obra em questão é um resgate paródico e carnavalizado da tragédia grega Medeia, escrita por Eurípides em 431 a.C. O comediógrafo lisboeta, munido de múltiplos recursos, reconstrói a obra grega sob a perspectiva do riso, das marionetes e das árias, cantadas pelos personagens ao final de cada cena. Trabalhando a partir de uma completa reestruturação da obra, com acréscimos e supressões de personagens, conflitos e falas, a peça reorganiza as posições dos protagonistas, Jasão e Medeia. Ficam perceptíveis os personagens ambíguos que, apesar dos desvios morais e de conduta, conseguem receber as honrarias do poder real no lugar de serem penalizados por seus crimes. Além disso, é frequente a participação dos graciosos, Sacatrapo e Arpia, pois ocupam boa parte das cenas e dão o tom cômico e do riso zombeteiro com suas falas à parte, pois denotam as suas reais intenções e de seus senhores. Dessa forma, recorremos à uma análise das duas obras clássicas da Literatura, verificando como ambas, ainda, despertam o interesse da crítica e trazem temas instigantes, como o infanticídio, a magia, a inversão de valores e o sentimento desregrado capaz de culminar em vinganças fatais. Analisamos as personagens femininas, perante o amor e ao esposo traidor, além de verificarmos como aparecem os elementos musicais nas duas obras, o Coro e as Operetas. Mestre em Teoria Literária |
Databáze: | OpenAIRE |
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