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O presente trabalho tem como objetivo discutir como as relações de poder são refletidas na literatura e contribuem para o apagamento e desumanização de sujeitos. Em especial, da mulher negra lésbica que usa a literatura como uma forma de humanização de seus afetos, negados por uma estrutura racista hetero-patriarcal. Além disso, trabalham-se as intersecções e atravessamentos que o corpo carrega e como elas produzem a partir da sua própria vivência. Como base teórica para o trabalho, trazemos a epistemologia feminista negra, a partir de autoras negras brasileiras e norte-americanas. Dessa forma, utilizamos como ferramenta metodológica a interseccionalidade, para explicar como os demarcadores sociais (gênero, raça e sexualidade) atuam em conjunto para desumanizar sujeitos. Por fim, afirmamos que a literatura se torna um instrumento de luta para mulheres que têm suas vivências postas à margem. Assim, utilizaremos as obras de Cidinha da Silva e Audre Lorde para exemplificar as formas de afeto expressas na literatura negra lésbica. |
