A lama e suas marcas: neoextrativismo e seus efeitos em um contexto de desastre

Autor: Raquel Oliveira Santos Teixeira
Rok vydání: 2018
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFMG
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
ISSN: 0719-756X
Popis: CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais Esse artigo aborda o desastre da Samarco no Rio Doce, onde uma barragem de rejeitos se rompeu causando 19 mortes. Cerca de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos minerários foram lançados ao rio. Através da perspectiva da sociologia dos desastres e da etnografia dos encontros entre as vítimas e as instituições dedicadas à gestão da crise, o artigo discute os procedimentos institucionais e suas consequências para os moradores atingidos. Nesse campo conflitivo, a narrativa corporativa linear de evento, impactos e compensação contrasta com a experiência do desastre da perspectiva daqueles que permanecem diariamente afetados. Enquanto os procedimentos institucionais e corporativos procuram estabilizar e restringir a definição dos danos, os atingidos denunciam a severa transformação de suas vidas a partir da presença permanente da lama que ‘não sai’. Este artículo trata del desastre de Samarco en el Rio Doce, donde una represa de residuos se rompió causando 19 muertes. Aproximadamente 60 millones de metros cúbicos de residuos mineros fueron lanzados al río. Desde la perspectiva de la sociología de los desastres y de la etnografía de los encuentros entre las víctimas y las instituciones enfocadas en la gestión de la crisis, el artículo discute los procedimientos institucionales y sus consecuencias para los habitantes afectados. En este campo conflictivo, la narrativa corporativa lineal de evento, impactos y compensación entra en contraste con la experiencia del desastre desde la perspectiva de aquellos que siguen sufriendo diariamente sus efectos. Mientras los procedimientos institucionales y corporativos buscan estabilizar y restringir la definición de los daños, las víctimas denuncian la dura trasformación de sus vidas a partir de la constante presencia del barro que “no se va”.
Databáze: OpenAIRE