A representação do estrangeiro e do estranho em 'Fronteira Natural', de Nélida Pinõn
Autor: | Suely Leite |
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Rok vydání: | 2012 |
Předmět: | |
Zdroj: | Caderno Seminal; v. 17, n. 17 (2012): CADERNO SEMINAL DIGITAL (JAN/JUN-2012) Caderno Seminal Digital Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) instacron:UERJ |
ISSN: | 1806-9142 1414-4298 |
DOI: | 10.12957/cadsem.2012.11011 |
Popis: | A literatura constitui-se em terreno fértil para a ficcionalização das experiênciashumanas, entre elas a interação do indivíduo com o Outro e consigo mesmo. Essainteração reflete semelhança e estranheza, facetas que compõem a totalidademúltipla do ser. O conto “Fronteira Natural” de Nélida Piñon, publicado em 1973, nacoletânea intitulada Sala de Armas, é exemplar dessa arquitetura. O protagonistada narrativa parte de sua aldeia rumo ao inferno, em busca de uma completudenunca encontrada diante dos seus. Ao regressar, torna-se portador de um todoindivisível com a natureza, identidade que passa a ser almejada por todos daaldeia. O texto nos remete a tradição narrativa, pois estrutura-se em torno detrês pilares: o jovem herói, o inferno e a viagem. A figura do jovem carrega oestereótipo de uma existência destinada a uma busca. O inferno é o espaçoestrangeiro, desconhecido, o reino mais rico, atraente, que oferece ao jovem daaldeia a completude identitária tão desejada; nele estabelece-se a dicotomiaentre norma e diferença, estrangeiro e estranho. A análise do texto percorreráos estudos sobre o duplo exterior, tema recorrente na obra de Julia Kristeva. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |