Estudo Retrospectivo Comparativo Entre Primo-Infecções e Recidivas em Enterocolite a Clostridium difficile

Autor: Gonçalves, Cristiana V., Evangelista, Vasco, Coelho, João F., Carlos, Andreia S., Baptista, António M., Graça, José P.
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2018
Předmět:
Zdroj: Medicina Interna, Volume: 25, Issue: 2, Pages: 107-112, Published: JUN 2018
DOI: 10.24950/rspmi/original/268/2/2018
Popis: Introdução: A enterocolite a Clostridium difficile é uma das mais preocupantes infecções da atualidade pela incidência, gravidade e frequência de recidivas. Métodos: Estudo retrospectivo, baseado nos registos dos doentes com infecção comprovada, internados no Hospital Beatriz Ângelo (18 meses). Os casos foram divididos em dois grupos: “primo-infecção” e “recidiva”. Foram avaliados: idade; sexo; local de aquisição da infecção; antibioterapia prévia; utilização prévia de inibidores da bomba de protões; critérios de gravidade: idade > 65 anos, leucócitos > 20 000/uL e creatinina > 1,5 vezes o valor basal do doente; antibioterapia efetuada; duração terapêutica; duração do internamento e mortalidade. Resultados: A gravidade foi superior nas primo-infecções (leucócitos > 20 000/uL 21,3% vs 12,0%, creatinina > 1,5 vezes o valor basal 38,3% vs 20,8%) assim como a mortalidade (23,4% vs 4,0%). Embora a vancomicina em monoterapia ou em associação ao metronidazol esteja recomendada nas situações graves, nos doentes com primo-infecção e que apresentavam 2 ou 3 critérios de gravidade, o metronidazol isolado foi a escolha mais frequente (46,2% para 2 critérios e 57,1% para 3 critérios). Nas recidivas constatou-se maior utilização da vancomicina mesmo nos casos menos graves (100,0% para 0 critérios e 68,8% para 1 critério). A utilização de inibidores da bomba de protões foi superior nas recidivas (84,0% vs 65,2%). Conclusão: Este estudo sugere maior gravidade e mortalidade nas primo-infecções; realça a importância de estadiar em gravidade de modo a optar pela melhor terapêutica e apoia a ideia de que os inibidores da bomba de protões possam ser factor de risco.
Medicina Interna, Vol. 25 N.º 2 (2018): Abril / Junho
Databáze: OpenAIRE