Prevalência de distúrbios osteomusculares em trabalhadores durante a pandemia de COVID-19 no Brasil
Autor: | José Wendel dos Santos, Henrique Martim de Moura, João Gabriel Santos Martins, Pedro Vieira Souza Santos, Luciano Fernandes Monteiro |
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Rok vydání: | 2022 |
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Zdroj: | Produto & Produção; v. 23 n. 2 (2022): [P&P] Técnicas da Produção Parte 2; 61-76 |
ISSN: | 1983-8026 |
DOI: | 10.22456/1983-8026.124265 |
Popis: | Work-related musculoskeletal disorders (WMSD) represent an important public health problem worldwide. Given the special situation caused by the new coronavirus pandemic, there was a need to know the repercussions of the work model adopted on workers' health. In this perspective, this study aimed to estimate the prevalence of WMSD in workers during the COVID-19 pandemic in Brazil. To this end, an exploratory-descriptive study was conducted with 4,891 workers. The information was collected via the internet, using a structured form. The self-reported painful symptoms by workers were assessed by the Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ) and Visual Numeric Scale (VNS). The results indicated a prevalence of WMSD in 64% of the participants, with the lumbar spine (79.5%), wrists/hands (68.6%), neck (64.8%), and dorsal spine (57.8%) as anatomical regions most affected during teleworking. Pain intensity ranged between light and strong, especially among women (p < 0.05). The painful symptoms reported in this study revealed the potential for chronification, which can result in the employee's permanent functional disability. In this sense, the control measures determined by the competent authorities must be made possible by employers to promote the health of these professionals while the remote work lasts. Os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) representam um importante problema de saúde pública em todo o mundo. Dada a situação especial ocasionada pela pandemia do novo coronavírus, surgiu a necessidade de conhecer quais as repercussões do modelo de trabalho adotado na saúde dos trabalhadores. Nesta perspectiva, este estudo teve como objetivo estimar a prevalência de DORT em trabalhadores durante a pandemia de COVID-19 no Brasil. Para tanto, um estudo exploratório-descritivo foi conduzido com 4.891 trabalhadores. As informações foram coletadas via internet, por meio de formulário estruturado. A sintomatologia dolorosa autorreferida pelos trabalhadores foi avaliada pelo Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ) e Visual Numeric Scale (VNS). Os resultados indicaram uma prevalência de DORT em 64% dos participantes, sendo a coluna lombar (79,5%), punhos/mãos (68,6%), pescoço (64,8%) e coluna dorsal (57,8%) as regiões anatômicas mais afetadas durante o teletrabalho. A intensidade da dor variou entre leve e forte, sobretudo entre as mulheres (p < 0,05). A sintomatologia dolorosa reportada neste estudo revelou-se com potencial de cronificação, o que pode resultar na incapacidade funcional permanente do trabalhador. Nesse sentido, as medidas de controle determinadas pelas autoridades competentes devem ser viabilizadas pelos empregadores para promover a saúde desses profissionais enquanto durar o trabalho remoto. |
Databáze: | OpenAIRE |
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