Analgesia para parto vaginal

Autor: Souza, Márcio Antonio de, 1950
Přispěvatelé: Nascimento, Maria Laura Costa do, 1979, Lajos, Giuliane Jesus, Tedesco, Ricardo Porto, Braz, José Reinaldo Cerqueira, Silva, João Luiz de Carvalho Pinto e, Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:UNICAMP
DOI: 10.47749/t/unicamp.2018.1063685
Popis: Orientador: Maria Laura Costa do Nascimento Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: Introdução: Trabalho de parto e parto são fenômenos fisiológicos, extremamente dolorosos para a maioria das mulheres, sendo a intensidade da dor influenciada por características individuais e socioculturais. Há diferenças no uso e na disponibilidade de métodos de alívio da dor entre os países de baixa, média e alta renda, com menor uso de analgesia nos países de baixa renda, devido à influência cultural, custos, restrições de recursos e escassez de anestesiologistas. Além disso, existem novos desafios para a realização de anestesia/analgesia, com as mudanças nas características da população, incluindo taxas crescentes de obesidade materna, idade materna avançada e complexidade de doenças pré-existentes. Objetivos: Avaliar, em diferentes países e regiões do mundo, o uso de qualquer forma de analgesia para partos vaginais, seus fatores associados e resultados maternos e perinatais, em casos com e sem morbidade materna grave. Métodos: análise secundária do estudo: World Health Organization Multicountry Survey on Maternal and Newborn Health (WHO-MCS). Este estudo foi um corte transversal empreendido pela Organização Mundial da Saúde entre 01 de maio de 2010 e 31 de dezembro de 2011, incluindo 357 unidades de saúde em 29 países (África, Ásia, América Latina e Oriente Médio). O principal objetivo do WHO-MCS foi caracterizar a morbidade materna, perinatal e neonatal grave a partir da vigilância em uma rede mundial de unidades de saúde. Para o estudo atual foram incluídas todas as mulheres que tiveram parto vaginal com idade gestacional superior a 22 semanas e com peso do recém nascido superior a 500 gramas. Foram excluídas as mulheres com diagnóstico de óbito fetal tardio/macerado. Foram realizadas 2 análises, a primeira para descrição do uso de analgesia nos diversos países do estudo e segundo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com descrição geral de resultados maternos e perinatais de casos com e sem analgesia e avaliação de fatores associados à realização do procedimento anestésico. A segunda análise visou a avaliação do uso de analgesia dentre os casos de morbidade materna grave. Resultados: Das 314.623 mulheres incluídas, 221.345 tiveram partos vaginais e, dessas, apenas 4% foram submetidas à analgesia de parto, sendo a maioria originária de países com IDH mais elevados. Os fatores associados de maneira independente a maior realização de analgesia foram: nuliparidade, maior escolaridade, cesárea prévia, baixo peso ao nascer e prematuridade. Na análise de mulheres com morbidade materna grave e parto vaginal, o uso da analgesia não se mostrou como fator preditor ou associado à pior resultado materno (Nearmiss materno-NMM e morte materna-MM), no entanto, mulheres com morbidade grave tiveram significativamente mais analgesia para parto vaginal. Conclusões: Este trabalho permite uma avaliação geral da analgesia para parto vaginal, em diversos cenários, podendo ser a base para estudos futuros e para políticas públicas para melhorar a saúde materna e a experiência durante o trabalho de parto Abstract: Background: Labor and delivery are physiological phenomena, extremely painful for most women. However, pain intensity is influenced by individual and sociocultural characteristics. There are marked differences in the use and availability of pain relief methods among low-, middle-, and high-income countries, with much lower analgesia use in low-income countries due to cultural influence, costs and human resource constraints in many of these nations. In addition, there are new challenges for analgesia, with changes in population characteristics, including increasing rates of maternal obesity, advanced maternal age, and increased complexity of pre-existing medical conditions. Aim: To evaluate, in different countries and regions of the world, the use of any form of analgesia for vaginal deliveries, their associated factors and maternal and perinatal outcomes, in cases with and without severe maternal morbidity. Methods: secondary analysis of World Health Organization Multicountry Survey on Maternal and Newborn Health (WHO-MCS). This was a cross-sectional study undertaken by the World Health Organization between May 1, 2010 and December 31, 2011, including 357 health units in 29 countries (Africa, Asia, Latin America and the Middle East). The main objective of the WHO-MCS was to characterize maternal, perinatal and neonatal morbidity with prospective surveillance in a worldwide network of health units. For the current study we included all women who had vaginal delivery with gestational age greater than 22 weeks and newborn weighing more than 500 grams. Women who had late / macerated fetal death diagnosis were excluded. Two analyzes were carried out, the first one to describe the use of analgesia in the different countries of the study and according to Human Development Index (HDI), describing maternal and perinatal outcomes of cases with and without analgesia. Factors associated with performing the anesthetic procedure were also considered. The second analysis aimed at assessing the use of analgesia among cases of severe maternal morbidity. Results: Of the 314,623 women included in our secondary analysis of the WHO-MCS; 221,345 had vaginal deliveries, of which only 4% were submitted to labor analgesia, the majority from countries with higher HDI. The factors independently associated with increased analgesia were: nulliparity, higher schooling, previous cesarean section, low birth weight and prematurity. Among women with severe morbidity, the use of analgesia was not a predictor or associated with worse maternal outcome (Maternal Near Miss-NMM and Maternal Death- MD). However, cases of severe maternal morbidity had significantly more analgesia for vaginal delivery. Conclusions: This study allows an overall evaluation of analgesia for vaginal delivery, in several scenarios, and may be the basis for future studies and public health policies to improve maternal health and labor experience Mestrado Saúde Materna e Perinatal Doutor em Ciências da Saúde
Databáze: OpenAIRE