Preditores clínicos, laboratoriais e radiográficos para infecção por Bordetella pertussis1

Autor: Cintia Tusset, Sergio Luis Amantea, Aline Gasparotto, Huander Felipe Andreolla, Ludmila Fiorenzano Baethgen, Fabrizio Motta, Alessandro C. Pasqualotto, Andressa Welter de Oliveira, Camila Vieira Bellettini
Rok vydání: 2014
Předmět:
Zdroj: Revista Paulista de Pediatria. 32:292-298
ISSN: 0103-0582
Popis: ResumoObjetivoIdentificar preditores clínicos, laboratoriais e radiológicos da infecção por Bordetella pertussis.MétodosTrabalho retrospectivo, com análise de prontuários clínicos de todos os indivíduos submetidos ao diagnóstico molecular (qPCR) para B. pertussis de setembro de 2011 à janeiro de 2013. Foram revistos dados clínicos e laboratoriais, incluindo informações sobre idade, sexo, sinais/sintomas, tempo de hospitalização, contagens de células sanguíneas, exames de imagem, co‐infecção com outros patógenos respiratórios, e evolução clínica.Resultados222 casos foram revistos, do quais 72,5% tinham coqueluche confirmada, sendo 60,9% menores de um ano de idade. Foram observados preditores independentes para B. pertussis em pacientes com menos de seis meses de idade. Nesses casos, os preditores identificados foram cianose (OR 8,0; CI 95% 1,8‐36,3; p=0,007) e contagem de linfócitos >104/μL (OR 10,0, CI 95% 1,8‐54,5; p=0,008). Preditores de coqueluche não puderam ser determinados para crianças maiores de 6 meses de idade. Coinfecção foi encontrada em 21,4% dos pacientes, dos quais 72,7% tinham até seis meses de idade, sendo que o adenovírus foi o agente mais comum (40,9%). Nesses indivíduos, não foram observadas características clíncias capazes de distinguir pacientes com co‐infecção, porém foi verificado um maior tempo de internação hospitalar nos pacientes com mais de um agente infeccioso detectado (12 vs. 6 dias; p=0,009).ConclusõesCianose e linfocitose são preditores independentes para coqueluche em crianças com até seis meses de idade.AbstractObjectiveTo identify clinical, laboratorial and radiographic predictors for Bordetella pertussis infection.MethodsThis was a retrospective study, which analyzed medical records of all patients submitted to a molecular dignosis (qPCR) for B. pertussis from September 2011 to January 2013. Clinical and laboratorial data were reviewed, including information about age, sex, signs/symptoms, length of hospitalization, blood cell counts, imaging findings, coinfection with other respiratory pathogens and clinical outcome.Results222 cases were revised. Of these, 72.5% had proven pertussis, and 60.9% were under 1 year old. In patients aging up to six months, independent predictors for B. pertussis infection were cyanosis (OR 8.0, CI 95% 1.8‐36.3; p=0.007) and lymphocyte count >104/μL (OR 10.0, CI 95% 1.8‐54.5; p=0.008). No independent predictors of B. pertussis infection could be determined for patients older than six months. Co‐infection was found in 21.4% of patients, of which 72.7% were up to six months of age. Adenovirus was the most common agent (40.9%). In these patients, we were not able to identify any clinical features to detect patients presenting with a respiratory co‐infection, even though longer hospital stay was observed in patients with co‐infections (12 vs. 6 days; p=0.009).ConclusionsCyanosis and lymphocytosis are independent predictors for pertussis in children up to 6 months old.
Databáze: OpenAIRE