Influência do treinamento físico aeróbio sobre os prejuízos metabólicos e cardíacos induzidos pelo estresse crônico em ratos
Autor: | Sanches, Andrea, 1983 |
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Přispěvatelé: | Cunha, Tatiana de Sousa da, Marcondes, Fernanda Klein, 1970, Brandão, Juliana Dinéia Perez, Tanno, Ana Paula, Müller, Karina Cogo, Rossi, Ana Cláudia, Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Programa de Pós-Graduação em Odontologia, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) instacron:UNICAMP |
Popis: | Orientadores: Tatiana de Sousa da Cunha, Fernanda Klein Marcondes Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba Resumo: O estresse crônico é um fator de risco para o desenvolvimento de hipertensão, aterosclerose e diabetes, e já demonstramos que o protocolo experimental de estresse crônico moderado e imprevisível (ECMI) é capaz de induzir resistência à insulina, dislipidemia, diminuição na produção de óxido nítrico, aumento da atividade do sistema renina-angiotensina e disfunção endotelial em ratos. Por outro lado, é vasta a literatura demonstrando que a prática regular de exercício físico é uma ferramenta não farmacológica eficaz para o tratamento das disfunções induzidas pelo estresse, incluindo os prejuízos cardiovasculares e metabólicos. Dentre os modelos de treinamento mais utilizados em pesquisas experimentais, estão a natação e a esteira rolante. Uma das vantagens do uso da esteira rolante refere-se à facilidade no ajuste da intensidade do exercício. Além disto, o exercício em esteira pode promover menor ativação de biomarcadores do estresse, quando comparado à natação. Apesar destas vantagens, sabe-se que nesta condição os animais são submetidos ao treinamento de forma "forçada" e ainda não está claro qual o impacto deste estímulo sobre o sistema cardiovascular e sobre o metabolismo, principalmente em animais estressados cronicamente. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o papel do treinamento físico de intensidade moderada, em esteira rolante, sobre os prejuízos hormonais, metabólicos e cardiovasculares desencadeados pelo ECMI. Foram utilizados 40 ratos machos Sprague-Dawley, divididos em 4 grupos experimentais: Controle, Estresse, Exercício e Exercício + Estresse. Os animais do grupo Exercício foram submetidos a 8 semanas de treinamento físico em esteira ergométrica adaptada (intensidade moderada, 50-70% do teste de esforço), 5x / semana, 1 hora por dia. Na 4ª, 5ª e 6ª semanas, os animais foram também submetidos ao protocolo de ECMI, ao longo de 7 dias, repetindo-se os procedimentos por 3 semanas consecutivas. Durante a 7ª e 8ª semanas, os animais foram submetidos apenas ao treinamento físico; portanto duas semanas após a aplicação do último estímulo estressor os animais foram mortos por decapitação para coleta de sangue e do ventrículo esquerdo, e as amostras foram armazenadas para posteriores dosagens. Os resultados foram analisados pela Análise de Variância bifatorial, seguidos do Teste de Tukey. A aptidão física dos animais submetidos ao ECMI foi menor do que a dos animais controle, e o treinamento físico não foi capaz de atenuar este prejuízo. O exercício físico preveniu o desenvolvimento de alterações metabólicas induzidas pelo ECMI, reduzindo a hiperinsulinemia, o índice de resistência à insulina e a dislipidemia, Além disto, também foi capaz de reduzir a concentração cardíaca de serotonina e a atividade circulante da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA), aumentadas em resposta ao ECMI. Entretanto, o treinamento físico não foi capaz de reduzir a concentração circulante de noradrenalina, dopamina, serotonina, e o estresse oxidativo, que mantiveram-se elevados nos grupos submetidos ao ECMI. Assim, os resultados do presente estudo sugerem que o exercício físico melhora os prejuízos metabólicos desencadeados pelo ECMI, bem como a modulação sobre o sistema serotoninérgico cardíaco. Entretanto, pela primeira vez os resultados do presente estudo mostram que alguns dos efeitos maléficos induzidos pelo ECMI não são atenuados em resposta ao treinamento, e podem inclusive ser potencializados por este Abstract: Chronic stress is a risk factor for the development of hypertension, atherosclerosis and diabetes. The protocol of chronic mild and unpredictable stress (CMS) is an animal model of chronic stress. Previously, it has been shown that CMS induced insulin resistance, dyslipidemia, oxidative stress, and increase in renin angiotensin system and endothelial dysfunction in rats. On the other hand, the literature is in? vast demonstrating that regular physical exercise is an effective non-pharmacological tool for the treatment of disorders induced by stress, including cardiovascular and metabolic damage. Among the training models most used in experimental research, there are swimming and treadmill. One of the advantages of using treadmill refers to the ease of adjusting the intensity of the exercise. In addition, the treadmill exercise can promote lower activation of stress biomarkers when compared to swimming. Despite these advantages, it is known that in this condition the animals are undergoing to "forced" training and it is not yet clear the impact of this stimulus on the cardiovascular system and metabolism, especially in chronically stressed animals. Thus, the aim of this study was to evaluate the role of physical training of moderate intensity on a treadmill, on the hormonal, metabolic and cardiovascular damage triggered by CMS. Forty male Sprague-Dawley rats were randomized in 4 experimental groups: Control, Stress, Exercise, Exercise + Stress, submitted to CMS protocol or to 8-week treadmill training (50-70% of the maximal exercise test). In the 4th, 5th and 6th wk, the animals were submitted to CMS protocol over seven days, repeating the procedures for 3 consecutive weeks. During the 7 th and 8 th wk, the animals were subjected only to physical training; Two weeks after application of the last stressor stimulus, the animals were killed by decapitation and blood and left ventricle were collected. The samples were stored for future analyzes. The results were analyzed by two-way analysis of variance followed by Tukey test. Physical performance of the animals submitted to the CMS was lower than that of the control animals, and physical training has not been able to alleviate this loss. The exercise prevented the development of metabolic changes induced by CMS, reducing the hyperinsulinemia, insulin resistance index and dyslipidemia. In addition, it was also capable of reducing the cardiac concentration of serotonin and systemic activity of the Angiotensin Converting Enzyme (ACE) increased in response to CMS. However, physical training was not able to reduce the circulating concentration of noradrenaline, dopamine, serotonin, and oxidative stress, which remained high in the groups submitted to the CMS. Thus, the results of this study suggest that exercise improves metabolic losses triggered by CMS and modulation on cardiac serotonergic system. However, for the first time the results of this study show that some of the harmful effects induced by CMS are not attenuated in response to training, which may even be enhanced by this Doutorado Fisiologia Oral Doutora em Odontologia CNPQ 140926/2012-7 Funcamp FAEPEX |
Databáze: | OpenAIRE |
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