‘People say it is dangerous’: psychosocial consequences of labelling people with mild hypertension – a qualitative study

Autor: Janos Valery Gyuricza, John Brodersen, Lucas Bastos Marcondes Machado, Ana Flávia Pires Lucas D'Oliveira
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade; Vol. 17 No. 44 (2022); 3052
Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade; Vol. 17 Núm. 44 (2022); 3052
Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade; v. 17 n. 44 (2022); 3052
Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC)
instacron:SBMFC
ISSN: 2179-7994
1809-5909
Popis: Introduction: Mild hypertension is a common asymptomatic condition present in people at low risk of future cardiovascular events. These people represent approximately two-thirds of those diagnosed with hypertension. The best available evidence does not support pharmacological treatment for mild hypertension to reduce cardiovascular mortality. Additionally, overdetection of hypertension also occurs, and this practice is supported by public awareness campaigns, screening, easy access to testing, and poor clinical practice, enhancing the overdiagnosis potential. Moreover, sparse qualitative patient-oriented evidence that diagnosing hypertension has harmful consequences is observed. Therefore, evidence regarding the potential for unintended psychosocial effects of diagnosing mild hypertension is required. Objective: The aim of this study was to investigate if diagnosing low-risk people with mild hypertension has unintended psychosocial consequences. Methods: Eleven semi-structured single interviews and four focus groups were conducted in São Paulo, Brazil, among people diagnosed with mild hypertension without comorbidities. Informants were selected among the general population from a list of patients, a primary healthcare clinic, or a social network. The informants had a broad range of characteristics, including sex, age, education level, race/skin colour, and time from diagnosis. Data were subjected to qualitative thematic content analysis by three of the authors independently, followed by discussions, to generate categories and themes. Results: The informants confirmed that the hypertension diagnosis was a label for psychosomatic reactions to stress, medicalised illness experiences, and set a biographical milestone. We observed unintended consequences of the diagnosis in a broad range of psychosocial dimensions, for example, fear of death, disabilities, or ageing; pressure and control from significant others; and guilt, shame, and anxiety regarding work and leisure. Although informants had a broad range of characteristics, they shared similar stories, understandings, and labelling effects of the diagnosis. Conclusion: The diagnosis of hypertension is a significant event and affects daily life. Most of the impact is regarded as negative psychosocial consequences or harm; however, sometimes the impact might be ambiguous. Patients’ explanatory models are key elements in understanding and changing the psychosocial consequences of the diagnosis, and healthcare providers must be aware of explanatory models and psychosocial consequences when evaluating blood pressure elevations. Introducción: La hipertensión leve es una condición asintomática común presente en personas con bajo riesgo de eventos cardiovasculares futuros. Estas personas representan aproximadamente dos tercios de las personas diagnosticadas con hipertensión. La mejor evidencia disponible no respalda el tratamiento farmacológico de la hipertensión leve para reducir la mortalidad cardiovascular. Además, también se produce la sobre detección de hipertensión, y esta práctica está respaldada por campañas de concienciación pública, cribados, fácil acceso a las pruebas y mala práctica clínica, lo que aumenta el potencial de sobrediagnóstico. Además, se observa escasa evidencia cualitativa orientada al paciente de que el diagnóstico de hipertensión tiene consecuencias nocivas. Por lo tanto, se requiere evidencia con respecto al potencial de efectos psicosociales no deseados del diagnóstico de hipertensión leve. Objetivo: investigar si el diagnóstico de personas de bajo riesgo con hipertensión leve tiene consecuencias psicosociales no deseadas. Métodos: Se realizaron once entrevistas semiestructuradas y cuatro grupos focales en São Paulo, Brasil, entre personas diagnosticadas con hipertensión leve sin comorbilidades. Los informantes fueron seleccionados entre la población general de una lista de pacientes, de una clínica de atención primaria o de una red social. Los informantes tenían una amplia gama de características que incluían sexo, edad, nivel de educación, origen étnico, color de piel y tiempo desde el diagnóstico. Los datos fueron sometidos a un análisis de contenido temático cualitativo por tres de los autores de forma independiente, seguido de discusiones, para generar categorías y temas. Resultados: Los informantes confirmaron que el diagnóstico de hipertensión era una etiqueta para reacciones psicosomáticas al estrés, experiencias de enfermedad medicalizadas y marcaba un hito biográfico. Observamos consecuencias no deseadas del diagnóstico en una amplia gama de dimensiones psicosociales, por ejemplo, miedo a la muerte, discapacidades o envejecimiento; presión y control de otras personas significativas y culpa, vergüenza y ansiedad en relación con el trabajo y el ocio. Aunque los informantes tenían una amplia gama de características, compartían histórias, entendimientos y efectos de etiquetado similares del diagnóstico. Conclusión: el diagnóstico de hipertensión es un evento significativo y afecta la vida diaria. La mayor parte del impacto se considera como consecuencias o daños psicosociales negativos; sin embargo, a veces el impacto puede ser ambiguo. Los modelos explicativos de los pacientes son elementos clave para comprender y cambiar las consecuencias psicosociales del diagnóstico, y los proveedores de atención médica deben conocer los modelos explicativos y las consecuencias psicosociales al evaluar las elevaciones de la presión arterial, comunicarse y tratar. Introdução: Hipertensão arterial leve é uma condição assintomática caracterizada por pressão arterial entre 14/9 e 16/10 mmHG e baixo risco de problemas cardiovasculares. É a condição de aproximadamente dois terços das pessoas diagnosticadas com alguma forma de hipertensão. A melhor evidência disponível não apoia o tratamento farmacológico desse grupo para a redução de mortalidade cardiovascular. Além disso, a sobredetecção de hipertensão ocorre e essa prática é apoiada por campanhas de conscientização ao público, rastreamento, acesso fácil ao teste e má prática clínica, que aumentam potencialmente o sobrediagnóstico. Poucas pesquisas qualitativas orientadas para os pacientes mostram que diagnosticar hipertensão pode ter também consequências negativas. Diante disso, são necessárias evidências sobre o potencial de efeitos psicossociais não esperados no diagnóstico de hipertensão. Objetivo: Investigar se o diagnóstico de pessoas de baixo risco com hipertensão leve tem consequências psicossociais indesejadas. Métodos: Onze entrevistas semiestruturadas e quatro grupos focais foram conduzidos em São Paulo, Brasil, com pessoas que relataram hipertensão arterial leve, sem comorbidades, com ou sem uso de medicação. Informantes foram selecionados da população geral por meio de lista de pacientes de unidades de atenção primária e também recrutados por redes sociais. Os participantes tiveram variedade em termos de sexo, idade, nível educacional, cor de pele e tempo de diagnóstico. Os dados foram submetidos à análise qualitativa de conteúdo temático por três dos autores independentemente, o que foi seguido de discussões para gerar categorias e temas. Resultados: os informantes confirmaram que o diagnóstico de hipertensão foi tomado como um rótulo para reações psicossomáticas ao estresse, medicalizou situações difíceis e causadoras de estresse, nomeando-as como doença, e foi um marco biográfico. Nós observamos consequências não intencionais do diagnóstico em uma ampla gama de dimensões psicossociais, por exemplo, medo de morte, doença e envelhecimento; pressão e controle por parte de pessoas próximas; e culpa, vergonha e ansiedade em relação ao trabalho e ao lazer. Apesar das diferentes características dos informantes, todos compartilharam histórias e sentimentos semelhantes relacionados ao rótulo. Conclusão: O diagnóstico de hipertensão é um evento significativo que afeta o dia a dia. A maior parte do impacto é considerada como consequências psicossocias negativas; porém, às vezes, o impacto pode ser ambíguo ou mesmo positivo. Os modelos explanatórios das pessoas são elementos-chave para entender e abordar as consequências psicossociais do diagnóstico, e profissionais de saúde e formuladores de políticas públicas devem estar atentos a esses potenciais consequências negativas na avaliação de risco/benefício das estratégias de diagnóstico desses casos.
Databáze: OpenAIRE