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Nas últimas duas décadas, registrou-se momento de grande produção de infraestruturas econômico-espaciais na Amazônia. Boa parte desses empreendimentos direcionou-se para o setor energético, concentrando-se na concessão de subsídios para a expansão e/ou implementação de usinas hidrelétricas, devido ao grande potencial hídrico encontrado no seu território. Nesse sentido, a produção de infraestruturas hidrelétricas na região reproduziu-se em formato particular daquele identificado em outras regiões brasileiras, como no eixo Sul/Sudeste – sobretudo em relação ao tratamento concedido a temas de cunho socioambiental, voltados para questões que compreendem do desenvolvimento regional à sustentabilidade. Frente a isso, o presente trabalho objetivou sistematizar uma releitura histórica do planejamento integrado supranacional, nacional e setorial relativos à produção de infraestruturas hidrelétricas – em base na moderna ocupação territorial da Amazônia Legal como estratégia de escala flexível – que variou, em termos geográficos, do local ao global. Desse modo, pensar em infraestruturas na Amazônia para o desenvolvimento local, e não mais para o desenvolvimento nacional territorialmente desigual, é pensar em infraestruturas sustentáveis, com tecnologias que privilegiem as questões socioambientais e não somente interesses econômicos.Palavras-chave: Infraestruturas. Hidrelétricas. Amazônia Legal. Planos de Desenvolvimento. |