The intuitive overcoming of metaphysics: Bergson’s Kantianism
Autor: | Débora Cristina Morato Pinto, Camille Riquier |
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Rok vydání: | 2017 |
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Zdroj: | Trans/Form/Ação, Volume: 40, Issue: 2, Pages: 217-242, Published: JUN 2017 Trans/Form/Ação, Vol 40, Iss 2, Pp 217-242 |
ISSN: | 0101-3173 |
DOI: | 10.1590/s0101-317320170002000012 |
Popis: | Resumo: O texto aqui apresentado analisa aspectos relevantes da complexa relação que Bergson estabelece com Kant. Defende-se a hipótese de que Bergson não pode ser considerado mero adversário do filósofo alemão, mas seu projeto filosófico tem como objetivo retomar a metafísica, levando em consideração os limites que a crítica kantiana lhe impôs. Nesse sentido, a Crítica da Razão Pura, à qual Bergson dedicou sua atenção, serve de guia e apoio para a colocação das questões propriamente metafísicas, as quais a filosofia da duração busca responder. Procuramos mostrar também que, se Bergson criticou Kant em vários momentos da sua obra, foi apenas na medida em que a Crítica o impedia e impedia os outros de avançar. A relação entre as interdições kantianas para a razão especulativa e as ilusões da inteligência dissolvidas em A Evolução Criadora revela como Kant condensa ilusões que existiam antes dele e que, nesse sentido, Bergson não é nem pré-crítico, nem pós-kantiano. Em suma, defendemos que Bergson desloca as análises críticas e rompe com Kant do interior de sua filosofia, que ele divide em duas tendências - uma que ele rejeita, como antiga, outra da qual ele se apropria. Abstract: This paper examines important aspects of Bergson's complex relationship with Kant. Our hypothesis defends that Bergson can not be considered a mere opponent of Kant, but that instead his philosophical project aims to renew metaphysics, taking into account the limits that the Kantian critique has imposed. In this sense, the Critique of Pure Reason, to which Bergson devoted his attention, serves as a guide and support for reworking metaphysical questions that the philosophy of duration seeks to answer. We have also shown that if Bergson criticized Kant at various points in his work, it was only to the extent that the Critique was an impediment to moving forward. The relation between Kantian interdictions to speculative reason and the illusions of intelligence dissolved by the analysis of Creative Evolution shows how Kant condenses illusions that existed before him. In in this sense, Bergson is neither pre-critical nor post-Kantian. To sum up, we argue that Bergson displaces critical analysis and breaks with Kant from the inside of Kant's philosophy, which Bergson divides into two tendencies, one that he rejects as old, another that he accepts. |
Databáze: | OpenAIRE |
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