Qualidade de vida e toxicidade aguda da radioterapia em mulheres com cancer ginecologico

Autor: Vaz, Ana Francisca
Přispěvatelé: Pinto-Neto, Aarão Mendes, 1952-2015, Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:UNICAMP
DOI: 10.47749/t/unicamp.2006.390643
Popis: Orientador: Aarão Mendes Pinto-Neto Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas Resumo: Investigar a incidência da toxicidade aguda da radioterapia, avaliar a qualidade de vida (QV) e identificar os preditores da QV em uma coorte de mulheres com câncer ginecológico. Métodos: Conduziu-se um estudo de coorte prospectivo em que foram incluídas 107 mulheres com câncer cervical ou endometrial e idade entre 18 e 75 anos. Foram inelegíveis mulheres com história de irradiação pélvica prévia. A radioterapia foi realizada no aparelho de megavoltagem acelerador linear 10 MV ou no aparelho de cobaltotererapia utilizando a técnica de quatro campos. Para pacientes com diâmetro pélvico antero-posterior menor que 17cm foi usada a técnica de campos paralelos e opostos (anterior e posterior). A dose total média em pelve foi de 44,9 Gy, em frações diárias 1,8-2,0 Gy, cinco vezes por semana. Pacientes em estádio IIB-IV receberam reforço de dose em paramétrios de 7,20-14,40 Gy e aquelas com comprometimento em linfonodos paraórticos e inguinais receberam dose de 25,20-45 Gy nessa região. Para a braquiterapia, foram realizadas de 4 a 5 inserções no aparelho de alta taxa de dose Nucletron-microselectron, com intervalo semanal entre as inserções e dose de 4-8 Gy. Dezenove pacientes foram tratadas com radioterapia e quimioterapia concomitante e 40 com cirurgia (Wertheim-Meigs, histerectomia total abdominal com salpingooforectomia bilateral, histerectomia total abdominal+linfadenectomia, histerectomia) seguida de radioterapia. A toxicidade aguda foi avaliada de acordo com a escala Common Toxicity Criteria and the Radiation Therapy Oncology Group Toxicity Criteria. A QV foi mensurada através do questionário da World Health Organization¿s Quality of Life instrument-abbreviated-version (WHOQOL-BREF) em três períodos de tempo: antes e no final da radioterapia e na primeira visita clínica de seguimento trinta dias após a radioterapia. Os escores de QV foram avaliados através de ANOVA para medidas repetidas. A variação percentual dos escores de QV obtidos antes da radioterapia e na primeira visita clínica foi comparada com as variáveis de controle através do teste Wilcoxon. Utilizou-se a regressão linear múltipla para identificar os preditores da QV. Resultados: A mediana de idade das participantes foi de 60 anos. Oitenta e nove pacientes (83,2%) foram tratadas com teleterapia e braquiterapia, oito pacientes só com teleterapia e 10 só com braquiterapia. A incidência total de toxicidade aguda foi de 93,5% e as mais freqüentes foram gastrintestinal baixa (79,6%), geniturinária (74,5%) e gastrintestinal alta (70,4%). Noventa e cinco mulheres completaram as três avaliações de QV. Observou-se aumento significativo dos escores de QV nos domínios físico e psicológico e para a questão relacionada à saúde e à QV geral. Toxicidade gastrointestinal alta (p=0,043) e cirurgia prévia (p=0,027) afetaram negativamente a saúde, enquanto a melhora do sangramento vaginal (p=0,047) influenciou positivamente a saúde. Conclusões: Observou-se alta incidência de toxicidade aguda da radioterapia e melhora da QV das pacientes com câncer ginecológico após o tratamento. Mulheres com toxicidade gastrintestinal alta e antecedente de cirurgia são de risco para pior QV Abstract: To investigate the incidence of acute toxicity in radiotherapy, evaluate quality of life (QOL) and identify predicting factors of QOL in a cohort of women with gynecologic cancer. Methods: A prospective cohort study was conducted including 107 women with cervical or endometrial cancer and aged between 18 and 75 years. Women with a history of previous pelvic irradiation were ineligible. Radiotherapy was performed with a 10 MV linear accelerator or cobalt radiation therapy machine using the four-field technique. For patients with anteroposterior pelvic diameter below 17cm, the parallel and opposite field technique was used (anterior and posterior). Total mean pelvic dose was 44.9 Gy, in daily fractions of 1.8-2.0 Gy, five times a week. Patients in stage IIB-IV received a booster dose of 7.20-14.40 Gy in parametria and those with para-aortic and inguinal lymph node involvement received a 25.20-45 Gy dose to this area. For brachytherapy, 4 to 5 insertions in the Nucletron-microSelectron High Dose Rate device were performed, with weekly intervals between insertions and a 4-8 Gy dose. Nineteen patients were treated with radiotherapy and concomitant chemotherapy and 40 with surgery (Wertheim-Meigs, total abdominal hysterectomy with bilateral salpingoophorectomy, total abdominal hysterectomy+lymphadenectomy, hysterectomy) followed by radiotherapy. Acute toxicity was assessed according to the Common Toxicity Criteria and the Radiation Therapy Oncology Group Toxicity Criteria. QOL was measured with the World Health Organization¿s Quality of Life instrument-abbreviated-version (WHOQOL-BREF) in three points in time: before and at completion of radiotherapy and at the first follow-up clinical visit thirty days after radiotherapy. QOL scores were assessed by ANOVA for repeat measures. Percentage variation of QOL scores obtained before radiotherapy and in the first clinical visit was compared to control variables using Wilcoxon¿s test. Multiple linear regression analysis was used to identify predictors of QOL. Results: Median age of the participants was 60 years. Eighty-nine patients (83.2%) were treated with teletherapy and brachytherapy, eight patients only with teletherapy and 10 with only brachytherapy. Total incidence of acute toxicity was 93.5% and the most frequent toxicities were: lower gastrintestinal (79.6%), genitourinary (74.5%) and upper gastrintestinal (70.4%). Ninety-five women completed the three QOL assessments. A significant increase in QOL scores was observed in the physical and psychological domains, as well as in general health and overall QOL. Upper gastrointestinal toxicity (p=0.043) and previous surgery (p=0.027) negatively affected health, while improvement in vaginal bleeding (p=0.047) positively influenced health. Conclusions: A high incidence of acute toxicity of radiotherapy and improvement in the QOL of gynecologic cancer patients were observed after treatment. Women with upper gastrintestinal toxicity and a history of surgery are at risk for a worse QOL Mestrado Ciências Biomédicas Mestre em Tocoginecologia
Databáze: OpenAIRE