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Georges Didi-Huberman, filosofo, historiador da arte e professor da Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, e um autor de destaque: tem mais de trinta trabalhos publicados na Franca, muitos dos quais foram e continuam sendo traduzidos em diferentes paises. Tendo a historia da arte e a teoria das imagens como temas principais, seus trabalhos vao do Renascimento aos problemas da arte contemporânea, e tem sido recebidos com interesse renovado entre historiadores e antropologos, mas tambem no campo crescente da curadoria de arte. E tambem como curador que Didi-Huberman vem ao Brasil, em 2013, na ocasiao do lancamento de A imagem sobrevivente: historia da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg, trabalho publicado em versao original na Franca ha mais de dez anos. Em conjunto com o lancamento do livro foi realizada, como uma das primeiras atividades a ocupar o espaco do recem-inaugurado Museu de Arte do Rio (MAR), a exposicao Atlas suite. A mostra exibiu fotografias cujo objeto e outra exposicao tambem curada por Didi-Huberman, esta muito maior, realizada em Hamburgo, em 2011: Atlas: como carregar o mundo nas costas, produzida originalmente em 2010 no Museu Reina Sofia, em Madri. Segundo a sinopse do MAR, tratava-se nao de quadros, mas de “fantasmas” de uma exposicao espalhados pelo chao do novo Museu. Atlas, a exposicao original de 2010, era um desdobramento dos estudos de Didi-Huberman sobre Aby Warburg (18661929), historiador alemao a que se dedica o extenso trabalho de A imagem sobrevivente: “Warburg e nossa obsessao, esta para historia da arte como um fantasma nao redimido — um dibuk — para a casa que habitamos” (p. 27). Os modos de pensar de Warburg, tal como inspiram Didi-Huberman em seu percurso de producao teorica e agora tambem curatorial, recebem no livro um tratamento aprofundado, sendo apresentados menos por uma forma argumentativa linear do que por meio de series de aproximacoes entre textos, imagens, referencias teoricas e objetos de diversas naturezas. Demonstrando influencias explicitas e implicitas nos estudos deste “antropologo das imagens” — Burckhardt e Nietzsche, Lucien Levy-Bruhl, E. Tylor, Darwin, entre outros — e propondo relacoes intensas entre sua abordagem e as proposi |