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INTRODUÇÃO: A ansiedade é uma condição emocional desagradável acompanhada de desconforto somático, que tem relação com o medo, a mesma representa um problema de saúde pública. Um dos principais fatores que contribuem para o surgimento desta é o estresse psicossocial, presente na vida de homens e mulheres. Entretanto, a prevalência de desenvolver transtorno de ansiedade é maior em mulheres, o mesmo é intensificado quando as mulheres sofrem oscilações hormonais, como período pré-menstrual (TPM), perimenopausa e período pós-parto. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi analisar o efeito da progesterona sobre o comportamento preditivo de ansiedade, por meio do labirinto em cruz elevado, em ratas previamente estressadas. MÉTODOS: Foram avaliadas ratas em período pré-menstrual, em que esfregaços vaginais foram coletados e analisados por microscópio óptico, para identificação das fases do ciclo estral. Foi analisado o tipo de alteração no ciclo das ratas tratadas com 4-vinilciclohexano diepóxido (VCD). As ratas foram submetidas a estresse no dia anterior ao teste comportamental por meio dos estresses de isolamento e de contenção. Vinte e quatro horas depois, as ratas foram estudadas no labirinto em cruz elevado. RESULTADOS: As ratas no período lúteo, utilizadas neste estudo não apresentaram comportamentos preditivos de ansiedade, pois não tiveram alterações no número de entradas nos braços abertos e na porcentagem de tempo nos braços abertos no LCE. Entretanto, as ratas em perimenopausa, no LCE tiveram diminuição no número de entradas nos braços abertos, e na porcentagem de tempo nos braços abertos e aumento no número de entradas nos braços fechados, desta forma apresentam comportamentos ansiosos. Quando tratadas com progesterona elas apresentam uma diminuição no número de entradas nos braços fechados, que significa que tiveram uma melhora deste estado. CONCLUSÃO: Esta pesquisa fornece novos conhecimentos a respeito do efeito da progesterona sobre o comportamento de ansiedade e assim podendo torna-se relevante para o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos para esses transtornos, com consequente diminuição de sua prevalência. Portanto, o desenvolvimento de novas terapias pode ser uma alternativa parar obter efeitos positivos sobre o sintoma de ansiedade durante os períodos em que as mulheres sofrem flutuações hormonais, como ocorre durante a perimenopausa. |