CONTINUUM RACIAL, MOBILITÉ SOCIALE ET «BLANCHIMENT»
Autor: | Carlos Antonio Costa Ribeiro |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2017 |
Předmět: |
Stratification sociale
Counterfactual thinking Inequality of opportunities Relations raciales Classification raciale media_common.quotation_subject Inégalité d’opportunités Relações de raça Mobilidade social Racism Mobilité sociale Race (biology) Estratificação social Social mobility 0502 economics and business 050602 political science & public administration media_common H1-99 Earnings 05 social sciences Ambiguity 0506 political science Dilemma Social sciences (General) Social stratification Racial classification Categorization Race relations Desigualdade de oportunidades Psychology Social psychology Classificação racial 050203 business & management |
Zdroj: | Revista Brasileira de Ciências Sociais v.32 n.95 2017 Revista Brasileira de Ciências Sociais Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS) instacron:ANPOCS Revista Brasileira de Ciências Sociais, Vol 32, Iss 95 (2017) Revista Brasileira de Ciências Sociais, Volume: 32, Issue: 95, Article number: e329503, Published: 09 NOV 2017 |
Popis: | Pesquisas sobre raça no Brasil têm, há bastante tempo, reconhecido que categorias raciais são baseadas em distinções de cores da pele ao longo de um contínuo preto-branco. Contudo, evidências quantitativas sobre desigualdade social são baseadas na dicotomia branco versus não-branco (pardo e preto) ou na categorização em trio (branco, pardo e preto). Esta maneira de utilizar a variável contribuiu para demonstrar os altos níveis de desigualdade racial. Este achado, entretanto, é frequentemente questionado devido a outro aspecto: a alta ambiguidade na classificação racial e a possibilidade de “embranquecimento” com dinheiro ou com mobilidade social ascendente. Se esta última característica é verdadeira, é difícil fazer uma medição de desigualdade social que seja confiável. Para lidar diretamente com este problema, meço o “contínuo de cores da pele” através da combinação de respostas a uma pergunta aberta (de livre escolha para os respondentes) e a uma pergunta fechada (com categorias censitárias) sobre cores da pele. Implementei simulações contrafactuais para avaliar os possíveis efeitos do “embranquecimento com dinheiro” em realizações educacionais, ocupacionais e econômicas. Research on race in Brazil has for a long time recognized that racial categories are based on skin color distinctions along a black-white continuum. However, quantitative evidences about racial inequality are mostly based on the white versus non-white (brown and black) dichotomy or on the threefold categorization (white, brown, and black). This way of using the variable contributed to show the high levels of racial inequality. This finding, however, has often been questioned because of another aspect: the high ambiguity in racial classification and the possibility of “whitening” with money or with upward mobility. If this last feature is true, it is hard to make a reliable measure of racial inequality. In order to deal directly with this dilemma, I measure the “skin color continuum” combining answers to an open question (respondents free choice) and to a closed question (census categories) about skin color. I implement counterfactual simulations to access the possible effects of “whitening with money” on educational, occupational and economic attainments. Les recherches sur la race au Brésil considèrent, depuis longtemps, que les catégories raciales reposent sur des distinctions de couleur de peau selon un continuum noir-blanc. Néanmoins, des données quantitatives sur l’inégalité sociale reposent essentiellement sur la dichotomie entre le blanc et le non-blanc (mulâtre et noir) ou sur la catégorisation en trio (blanc, mulâtre et noir). Cette façon d’utiliser la variable a contribué à démontrer les niveaux élevés d’inégalité raciale. Cette conclusion est, par contre, souvent mise en doute en raison d’un autre aspect : la grande ambiguïté dans la classification raciale et la possibilité de « blanchiment » grâce à l’argent ou à l’ascension sociale. Cette dernière caractéristique s’avérant vraie, il est difficile de mesurer l’inégalité sociale de façon fiable. J’affronte ce problème en mesurant le « continuum des couleurs de peau » par la combinaison des réponses à une question ouverte (de libre choix pour les répondants) et à une question fermée (avec des catégories employées lors de recensements) sur la couleur de peau. J’ai mis en œuvre des simulations hypothétiques contrefactuelles pour évaluer les effets possibles du « blanchiment grâce à l’argent » en termes de réussites éducatives, occupationnelles et économiques. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |