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Neste artigo, que é fruto de uma pesquisa de mestrado ligada ao Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos, da Universidade Federal de Uberlândia, apresentamos alguns resultados provenientes da análise discursiva que empreendemos em torno da rede social Facebook. Para tanto, valemo-nos do arcabouço teórico-metodológico da Análise do Discurso de linha fancesa, especialmente dos conceitos de gênero do discurso e hipergênero postulados por Dominique Maingueneau (2006, 2008b, 2010). Com efeito, o que pudemos demonstrar é que a rede social Facebook apresenta um comportamento discursivo distinto em relação a outros websites, implicando, assim, a formulação de novas categorias de análise. Em virtude disso, postulamos o conceito de sistema de hipergenericidade, que permitiu demonstrar que a pretensa “liberdade” enunciativa da Web, pelo menos no que diz respeito a essa rede social, não se aplica, uma vez que as identidades discursivas de suas páginas se inscrevem em um processo de legitimação que não é sem margens e que depende da relação que elas estabelecem com aquilo que nelas é posto a circular, especialmente sob a forma de compartilhamentos. |