Papel do nível socioeconômico na sobrevida de pacientes com câncer de pulmão no município de São Paulo

Autor: Priscila Berenice da Costa
Přispěvatelé: Ricardo Mingarini Terra, Pedro Henrique Xavier Nabuco de Araujo, Jefferson Luiz Gróss, Omar Asdrubal Vilca Mejia
Rok vydání: 2021
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
DOI: 10.11606/t.5.2020.tde-27092021-141226
Popis: INTRODUÇÃO: Mesmo com avanços no diagnóstico e métodos de tratamento, o câncer de pulmão ainda está entre os mais prevalentes e mortais. Em São Paulo a distribuição de renda e acesso aos serviços de saúde constituem alguns dos obstáculos para aqueles que residem em áreas de vulnerabilidade social. OBJETIVOS: Analisar o papel do nível socioeconômico na sobrevida global em pacientes com câncer de pulmão no município de São Paulo. Analisar a relação entre nível socioeconômico e estadio da doença no momento do diagnóstico; tipo de tratamento recebido e sexo. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo com pacientes do Registro Hospitalar de Câncer (RHC) com 8.627 pacientes diagnosticados com câncer de pulmão entre 2000 e 2013. Foram excluídos registros com ausência de endereço completo. As variáveis analisadas foram demográficas, socioeconômicas (Índice Paulista de Vulnerabilidade Social-IPVS) e clínicas. Realizou-se análise de qualidade do banco de dados, estatística descritiva, inferencial e de sobrevida. Consideramos p < 0,05 estatisticamente significativos. Utilizamos software Stata 13 e o QGIS, para realizar o georreferenciamento. RESULTADOS: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (61%) e média de idade 64 anos. 36% possuíam ensino fundamental completo e 52% residiam em áreas de IPVS 2. A sobrevida global foi de 10 meses (4-22), sendo maior em mulheres, pacientes com estadios clínicos iniciais, nível superior e residentes em áreas com baixíssima vulnerabilidade social. Quanto mais avançada a doença, menor a proporção de pacientes que receberam apenas cirurgia e maior a proporção daqueles que não receberam tratamento. Pacientes residentes em áreas com IPVS 4 tiveram maior média de tempo entre diagnóstico e tratamento (48 ± 57). Mulheres possuem menor risco de óbito que homens e aqueles com ensino fundamental completo, tinham 1,4 vezes mais chance de morrer que àqueles com ensino superior (HR=1,4 e p
Databáze: OpenAIRE