'A todos nos coube viver a crueldade deste tempo'. Da esfera íntima à histórica, a voz do poeta partilhada

Autor: Mayra Moreyra Carvalho
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2017
Předmět:
Zdroj: Alea: Estudos Neolatinos, Vol 19, Iss 3, Pp 690-702 (2017)
Alea: Estudos Neolatinos v.19 n.3 2017
Alea
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
Alea: Estudos Neolatinos, Volume: 19, Issue: 3, Pages: 690-702, Published: DEC 2017
Popis: Resumo Em dezembro de 1958, Rafael Alberti recebe uma carta anônima escrita em uma prisão na Espanha. Em junho de 1959, vem à luz sua resposta, “Carta a los presos de España”. A leitura dessas correspondências, trocadas quando o poeta estava exilado na Argentina, desvela intenções que ultrapassam o âmbito íntimo, expectativa primeira criada pelo gênero textual. Propomos ler essas cartas numa perspectiva mais ampla, o que implica refletir sobre os limites da ação do poeta e da poesia; e considerar a conjuntura histórica na passagem dos anos 50 para os 60, quando não se pode ignorar o papel dos intelectuais detidos em prisões espanholas, o movimento pela anistia de presos políticos na Espanha e em Portugal e o acirramento das tensões ideológicas decorrentes da Guerra Fria. Abstract In December 1958, Rafael Alberti received an anonymous letter sent from a prison in Spain. In June 1959 his answer “Carta a los presos de España” (“Letter to the Prisoners in Spain”) was published. A reading of these two letters, exchanged when the poet was exiled in Argentina, reveal intentions that surpass the idea of intimacy expected of this genre. This paper aims to read these letters from a wider perspective, one that takes into account both the limits to the action of the poet and poetry and also, the historical context in the 50’s and the 60’s, a period in which we cannot ignore the role played by intellectuals confined in Spanish prisons, the movement for amnesty for political prisoners in Spain and Portugal and the ideological tensions resulting from the Cold War. Resumen En diciembre de 1958, Rafael Alberti recibe una carta anónima escrita desde una cárcel en España. En junio de 1959 se publica su respuesta, “Carta a los presos de España”. La lectura de esas correspondencias, intercambiadas cuando el poeta se encontraba en el exilio en Argentina, desvela intenciones que rebosan el ámbito íntimo, expectativa que el género textual genera. Nos proponemos leer esas cartas desde una perspectiva más amplia, que significa reflexionar sobre los límites de la acción del poeta y de la poesía; y considerar el contexto histórico de los años 50 y 60, cuando no se puede ignorar el rol de los intelectuales detenidos en las cárceles españolas, el movimiento por la amnistía de los presos políticos en España y Portugal y las tensiones ideológicas de la Guerra Fría.
Databáze: OpenAIRE