Conhecimento dos obstetras sobre a transmissão vertical da hepatite B

Autor: Clotildes Nunes Melo, Cibele Dantas Ferreira, Luciana Rodrigues Silva, Joseni Santos da Conceição, Daniel R Diniz-Santos, Fernanda Nunes Paes
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2009
Předmět:
Zdroj: Arquivos de Gastroenterologia v.46 n.1 2009
Arquivos de gastroenterologia
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia
instacron:IBEPEGE
Popis: CONTEXTO: A transmissão vertical é responsável por 35% a 40% dos novos casos de hepatite B no mundo e a infecção precoce pelo vírus da hepatite B aumenta o risco de evolução para a hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular. OBJETIVO: Determinar o conhecimento dos obstetras sobre as práticas para o diagnóstico da infecção pelo vírus da hepatite B em gestantes e as condutas para a prevenção desta infecção em recém-nascidos de mães infectadas. MÉTODOS: Foram sorteados aleatoriamente profissionais de saúde cadastrados na Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia, que foram convidados a responder um questionário anônimo com informações sobre sua formação acadêmica, o local de trabalho, o contato com estudantes e as suas práticas profissionais em relação ao vírus da hepatite B. Adotou-se como critério de exclusão o não exercício atual da obstetrícia e a não residência na Bahia. A análise dos dados foi feita através do programa estatístico Epiinfo e para análise das correlações foi adotado intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: Foram entrevistados 301 obstetras, dos quais 90,3% reconheciam a transmissibilidade vertical do vírus da hepatite B e 81,7% solicitavam algum exame para detecção de hepatite B durante o pré-natal de suas pacientes. Sessenta e seis por cento dos médicos entrevistados referiram o AgHBs como o marcador sorológico mais adequado para avaliar a presença de infecção pelo VHB. Apenas 13,0% destes profissionais indicavam de modo sistemático a vacina contra a hepatite B e a administração de imunoglobulina nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido de mães infectadas. O número de respostas corretas quanto à transmissibilidade vertical do VHB, ao marcador sorológico mais adequado e à conduta para o recém-nascido de mãe infectada foi maior entre os obstetras que possuíam o Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia que entre os demais profissionais (P = 0,018; P = 0,001 e P = 0,002, respectivamente). CONCLUSÕES: Observou-se a inadequação do conhecimento dos obstetras sobre as medidas eficazes para a detecção da infecção pelo vírus da hepatite B na gravidez e prevenção da transmissão vertical desse vírus para os recém-nascidos e a necessidade de educação continuada sobre as infecções passíveis de transmissão vertical.
Databáze: OpenAIRE