Perfil microbiológico isolados em hemoculturas em uma UTI geral de um hospital escola no ano de 2017/ Microbiological profile isolated in blood cultures in a general UTI of a teaching hospital in 2017
Autor: | Gomes, Joyce Letice Barros, Santos, Ivanilza Emiliano dos, Almeida, Talita Coelho de Barros, Guimarães, Maria Raquel dos anjos Silva, Aleluia, Márcia Mirian Rosendo, Sena, Erika Maria Araujo Barbosa de, Corá, Luciana Aparecida |
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Rok vydání: | 2022 |
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Zdroj: | Brazilian Journal of Health Review; Vol 5, No 2 (2022); 5687-5690 Brazilian Journal of Health Review Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) instacron:BJRH Brazilian Journal of Health Review; Vol. 5 No. 2 (2022); 5687-5690 Brazilian Journal of Health Review; v. 5 n. 2 (2022); 5687-5690 |
ISSN: | 2595-6825 |
DOI: | 10.34119/bjhrv5n2-146 |
Popis: | Introdução: Infecções hospitalares são as que acontecem em pacientes internados, ou em pacientes após alta e que exibiram sinais de infecção de 48 a 72 horas após a mesma. A nomenclatura infecção hospitalar está sendo modificado pela nomenclatura infecção relacionada à assistência à saúde. Isso se dá pelo motivo de exclui as infecções hospitalares somente com a infecção adquirida no hospital, podendo também associar a infecções ligadas a outros meios de assistência à saúde, como ambulatórios e clínicas (STUBE et al., 2013). As unidades hospitalares são avaliadas como amplo reservatório de microrganismos oportunistas, a exemplo de bactérias, fungos e vírus. Desta maneira, o perfil das infecções que acontecem na atmosfera nosocomial se mostra diferenciado das contraídas na comunidade, sobretudo no que diz a respeito quanto à frequência, sítio de infecção e tipo de microrganismo isolado Grillo et al., 2013. A resistência microbiana é um grave problema de saúde pública no mundo, pela elevada mortalidade e pelo reduzido número de opções terapêuticas. O ambiente hospitalar é hostil e propício ao desenvolvimento de infecções Brasil, 2017. O exame de hemocultura versa a fundamental metodologia de detecção de microorganismos em corrente sanguínea. Nesse sentido os microrganismos interatuam com o hospedeiro e levam a uma resposta local e/ou sistêmica, diferenciando assim uma infecção, quando existe uma desregulação e uma exacerbação desta resposta com propensão ao risco de vida, surge assim, a sepse (SINGER, 2016). Os setores de terapia intensiva são ambientes fáceis para o aparecimento da resistência antimicrobiana, isso se dá e pode ser notado por múltiplos fatores, agrupamento de pacientes graves, como uso frequente de antimicrobianos de amplo espectro, internações e espaço físico restrito, desenvolvendo a possibilidade de transmissão de microrganismos de pessoa a pessoa Kollef, Micek, 2005. Objetivos: Avaliar a incidência de bactérias e fungos e o perfil de sensibilidade e resistência apresentados por elas. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal, não controlado, realizado no ano de 2017, no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA/UFAL), Maceió/AL. Para testes de susceptibilidade dos microorganismos aos antimicrobianos, as amostras foram identificadas e processadas seguindo o protocolo CLSI (Manual Clinical and Laboratory Standards Institute) e nota técnica da ANVISA nº01/2013. Resultados: As bactérias Gram-Positivas mais incidentes isoladas em hemoculturas, coletados durante o ano de 2017 foram: Staphylococcus epidermidis (30,76%), Staphylococcus haemolyticus (30,76%) Staphylococcus aureus (12,91%), Staphylococcus lugdunensis (12,91%) e Staphylococcus saprophyticus (12,91%). As bactérias Gram-Negativas mais incidentes do ano de 2017 de janeiro a dezembro foram Klebisiela pneumoniae (42,85%) e Pseudomonas aeruginosa (28,57%), Acinetobacter balmannii em (14,28%) e Enterobacter cloacae (14,28%). Quanto ao perfil, as bactérias Gram-Positivas demonstraram um maior perfil de resistência a Penicilina (77,77%), Eritromicina (67,79%) e Clindamicina (57,05%). Quanto as sensibilidades, as melhores respostas foram para Tigeciclina (95,68%), Vancomicina (90,86%) e Teicoplanina (92,32%). Os antimicrobioanos que apresentaram maior porcentagem de resistência às amostras de material clínico das bactérias Gram-Negativas foram Ampicilina (91,37%), Ampicilina/Subactam (75,85%) e Sulfametoxazol + Trimetoprima (73,36%). As maiores sensibilidades apresentadas foram ao Ertapenem (87,49%), Amicacina (87,36%), Colistina (83,69%), Imipenem e Meropenem (72,06%). Discussão: As taxas de infecção hospitalar dentro das unidades de terapia intensiva variam entre 18 e 54%, sendo cerca de cinco a dez vezes maiores do que em outras unidades de internação de um hospital. Confirmando-se todos os isolados das bactérias Gram-negativas com outros estudos da literatura observa-se a Klebsiela pneumoniae como bactéria predominante nas amostras de sangue. Assim como nas bactérias Gram- positivas observa-se a predominância dos Staphylococcus coagulase negativo. Estudos em vários locais são necessários para avaliar o perfil epidemiológico, perfil microbiológico e o desfecho atual das infecções relacionadas a assistência à saúde em UTIs brasileiras. Considerações finais: Percebe-se que as elevadas taxas de mortalidade estão associadas às infecções de corrente sanguínea (Machado et al., 2017). De tal modo, estudos nessa perspectiva permitem que ocorra um trabalho conjunto com o serviço de controle de infecção hospitalar para direcionamento apropriado do serviço de saúde na elaboração de protocolos sobre uso racional de antibióticos, como também a implementação de medidas precaução e controle das infecções, com o intuito de minimizar taxas de morbimortalidade, os custos em saúde e o tempo de internação. |
Databáze: | OpenAIRE |
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