O páter-famílias como vilão gótico em Úrsula, de Maria Firmina dos Reis

Autor: Ana Paula Araujo dos Santos, Júlio França
Rok vydání: 2017
Předmět:
Zdroj: Revista Soletras; n. 34 (2017): Escritores Esquecidos do século XIX; 87-100
SOLETRAS; n. 34 (2017): Escritores Esquecidos do século XIX; 87-100
Soletras (São Gonçalo. Online)
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron:UERJ
ISSN: 2316-8838
1519-7778
DOI: 10.12957/soletras.2017.30159
Popis: Publicado em 1859 pela escritora maranhense Maria Firmina dos Reis, Ursula pode ser considerado um dos primeiros romances escritos por uma mulher em nossa Literatura Brasileira. A obra, contudo, permaneceu por longo tempo longe de qualquer apreciacao ou analise, e sua autora desapareceu dos nossos registros literarios. O presente artigo propoe uma leitura desse romance que so recentemente tem despertado o interesse dos estudos literarios brasileiros. Nele, sao observaveis varias convencoes narrativas goticas, principalmente no que se refere aos procedimentos de caracterizacao dos viloes, cujas acoes transgressoras constituem-se como fonte de horror tanto para as demais personagens quanto para os proprios leitores. Pretendemos levar em conta a tradicao a qual Ursula esta filiada: o Gotico, ou, mais especificamente, a vertente feminina do Gotico. Para tal feito, contamos com as proposicoes de David Punter (1996) e de Fred Botting (1996), e com as teorias a respeito do Gotico feminino de Gilbert & Gubar (1979), Diane Hoeveler (1998) e Anne Williams (1995). Nossa hipotese central e a de que Reis, tal como a de outras escritoras oitocentistas, tenha sido vitima do desprezo com que a historiografia brasileira tratou a poetica gotica. DOI: 10.12957/soletras.2017.30159
Databáze: OpenAIRE