L’évaluation des élèves en France, à un moment charnière de leur histoire?

Autor: Anne-Marie Bardi, Marie Mégard
Rok vydání: 2014
Předmět:
Zdroj: Mesure et évaluation en éducation. 32:125-152
ISSN: 2368-2000
0823-3993
DOI: 10.7202/1024934ar
Popis: L’éducation nationale française est fortement centralisée : programmes, horaires et sujets d’examen nationaux, autonomie des établissements quasi nulle jusqu’à aujourd’hui. Cette égalité d’objectifs et de moyens est supposée garantir une égalité de résultats ; ainsi, les établissements ne font pas l’objet d’évaluations, et les acquis des élèves n’étaient, jusqu’à une date récente, mesurés de façon systématique qu’à leur entrée dans chaque cycle, à des fins diagnostiques. Dans les classes de collège et de lycée, la note chiffrée synthétique est encore le seul mode d’expression de l’évaluation des élèves ; à l’école primaire, les livrets de compétences mis en place demeurent peu informatifs. Depuis 2005 cependant, de grand textes de cadrage engagent l’école française sur la voie d’une autre culture de l’évaluation : une loi de finance impose au ministère de l’Éducation nationale de rendre annuellement compte des acquis des élèves ; la loi dite « pour l’avenir de l’école » impose à la scolarité obligatoire qu’elle garantisse à chaque élève les moyens nécessaires à l’acquisition d’un socle commun de connaissances et de compétences ; enfin, un cadre européen édicte des objectifs en termes de compétences clés, notamment en langues vivantes. Les conditions d’une évolution des pratiques d’évaluation sont donc réunies, la question reste de savoir si l’école française saura se saisir de cette occasion.
French national education is highly centralized: programs, examination timetables and topics are national, and up to now each school’s independence was close to nonexistent. Those equal objectives and means were supposed to result in and guarantee equal results. Therefore, schools aren’t subjected to evaluations, and pupils’ levels and acquired skills were until recently only methodically assessed upon their entering key levels, as a checkup. Throughout “college” (11-15 years old) and “lycee” (15-18 years old), test results are still only transcribed as a numerical grade, and in “ecole primaire” (6-11 years old), skills assessment booklets are used that do not provide very specific information. However since 2005, redefining texts have been aiming at an altogether new culture of evaluating for the French schooling system: – a financial law requires that the Ministry of education provide an annual statement on pupils’ acquirements, – the law “for the future of school” demands that compulsory schooling provide all pupils with the means they need for reaching basic knowledge and skills, – and european scheme decree specific goals regarding language skills. All the conditions allowing an evolution of (our) current evaluating methods are gathered, whether French education will know to seize that opportunity remains to be seen.
A educação nacional francesa é fortemente centralizada (programas, horários e conteúdos dos exames nacionais), pelo que, até hoje, a autonomia das escolas tem sido quase nula. Supostamente, esta igualdade de objectivos e de meios devia garantir uma igualdade de resultados. Daí que as escolas não sejam avaliadas e que as aprendizagens dos alunos, como aconteceu até há bem pouco tempo, só fossem avaliadas sistematicamente no início de cada ciclo, com propósitos de diagnóstico. nos 2.º e 3.º Ciclos do ensino Básico e no ensino Secundário, a nota quantitativa globalizante é ainda o único modo de expressão da avaliação dos alunos; no 1.º Ciclo do ensino Básico, as avaliações descritivas das competências continuam a ser pouco informativas. Contudo, depois de 2005, novas orientações gerais colocaram a escola francesa na via de uma outra cultura de avaliação: uma lei das finanças impõe ao Ministério da educação a prestação anual de contas relativamente às aprendizagens dos alunos; a dita lei “para o futuro da escola” impõe à escolaridade obrigatória que garanta a cada aluno os meios necessários para a aquisição de uma base comum de conhecimentos e de competências; enfim, um quadro europeu decreta objectivos em termos de competências-chave, nomeadamente em línguas vivas. As condições para uma evolução das práticas de avaliação estão, pois, reunidas, embora reste saber se escola francesa será capaz de aproveitar a oportunidade.
Databáze: OpenAIRE