Expansão volêmica em raquianestesia para cesariana: comparação entre cristalóide ou colóide

Autor: Marcelo Luis Abramides Torres, Mônica Maria Siaulys Capel Cardoso, Sandra Bliacheriene, Cláudia R C Freitas, Daniel S César
Rok vydání: 2004
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Anestesiologia, Volume: 54, Issue: 6, Pages: 781-787, Published: DEC 2004
Revista Brasileira de Anestesiologia v.54 n.6 2004
Revista Brasileira de Anestesiologia
Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)
instacron:SBA
ISSN: 0034-7094
DOI: 10.1590/s0034-70942004000600005
Popis: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A hipotensão arterial materna é a complicação mais comum após raquianestesia para cesariana. O objetivo deste estudo foi comparar o bem estar materno e fetal de pacientes submetidas à cesariana sob raquianestesia, após expansão volêmica com cristalóide ou colóide (gelatina fluida modificada). MÉTODO: Foram estudadas prospectivamente 50 gestantes de termo, estado físico ASA I, submetidas à cesariana sob raquianestesia. As pacientes foram aleatoriamente divididas em dois grupos que receberam expansão volêmica como segue: Grupo Cristalóide 10 ml.kg-1 de Ringer com lactato e Grupo Colóide, 10 ml.kg-1 de solução coloidal (gelatina fluida modificada). Definiu-se como pressão arterial de controle a média de três valores sucessivos de pressão arterial sistólica (PAS). A PAS foi medida a cada minuto e administrou-se bolus de 0,2 mg de metaraminol, por via venosa, para diminuição de PAS maior que 10% e bolus de 0,4 mg para diminuição de PAS maior que 20%. Ao nascimento avaliou-se o índice de Apgar e realizou-se gasometria da artéria umbilical. A análise estatística foi feita com os testes t de Student modificado e para igualdade de variáveis (p < 0,05). RESULTADOS: A hipotensão arterial 10% (100% e 100% das pacientes); hipotensão arterial 20% (72% e 72% das pacientes), náusea (4% e 8% das pacientes); consumo de vasopressor (1,67 ± 0,89 mg e 1,88 ± 0,74 mg) e pH da artéria umbilical (7,25 ± 0,04 e 7,26 ± 0,04), nos grupos Cristalóide e Colóide, respectivamente foram semelhantes. CONCLUSÕES: Nas condições estudadas, o colóide (gelatina fluida modificada) se mostrou equivalente ao cristalóide (Ringer com lactato) no sentido de garantir o bem estar materno e fetal. BACKGROUND AND OBJECTIVES: Maternal hypotension is the most common complication following spinal anesthesia for cesarean section. This study aimed at comparing the incidence of hypotension and the need for vasopressors in patients submitted to cesarean section under spinal anesthesia following preload with either crystalloid or colloid (modified fluid gelatin). METHODS: Participated in this prospective study 50 term pregnant patients, physical status ASA I, submitted to cesarean section under spinal anesthesia. Patients were randomly allocated into two groups receiving preload as follows: Crystalloid group, 10 mL.kg-1 lactated Ringer; Colloid group, 10 mL.kg-1 colloid (modified fluid gelatin). Control blood pressure was defined as the mean of three successive systolic blood pressure (SBP) values. SBP was measured at 1-minute intervals and 0.2 mg intravenous bolus of metaraminol was administered for SBP decrease above 10% of control blood pressure, and 0.4 mg bolus of the same drug for SBP decrease above 20% of control. Apgar score was evaluated after delivery and umbilical artery blood was sent for analysis. Modified Student's t test was used for statistical analysis and p < 0.05 was considered statistically significant. RESULTS: Hypotension 10% (100% and 100% of patients); hypotension 20% (72% and 72% of patients), nausea (4% and 8% of patients); vasopressor consumption (1.67± 0.89 mg and 1.88 ± 0.74 mg) and umbilical artery pH (7.25 ± 0.04 and 7.26 ± 0.04), in Crystalloid and Colloid groups, respectively, were similar. CONCLUSIONS: In the conditions of this study, colloid (modified fluid gelatin) was equivalent to crystalloid (lactate Ringer) in preventing or decreasing the incidence of hypotension in patients submitted to cesarean section under spinal anesthesia JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La hipotensión arterial materna es la complicación más común después de raquianestesia para cesárea. El objetivo de este estudio fue comparar el bien estar materno y fetal de pacientes sometidas a cesárea bajo raquianestesia, después de expansión volemica con cristalóide o coloide (gelatina fluida modificada). MÉTODO: Fueron estudiadas prospectivamente 50 gestantes de término, estado físico ASA I, sometidas a cesárea bajo raquianestesia. Las pacientes fueron aleatoriamente divididas en dos grupos que recibieron expansión volemica a seguir: Grupo Cristaloide 10 ml.kg-1 de Ringer con lactato y Grupo Coloide, 10 ml.kg-1 de solución coloidal (gelatina fluida modificada). Se definió como presión arterial de control la media de tres valores sucesivos de presión arterial sistólica (PAS). La PS fue medida a cada minuto y se administró bolus de 0,2 mg de metaraminol, por vía venosa, para disminución de PS mayor que 10% y bolus de 0,4 mg para disminución de PS mayor que 20%. Al nacimiento se evaluó el índice de Apgar y se realizó gasometria de la arteria umbilical. El análisis estadístico fue hecho con los tests t de Student modificado y para igualdad de las variables (p < 0,05). RESULTADOS: La hipotensión arterial 10% (100% y 100% de las pacientes); hipotensión arterial 20% (72% y 72% de las pacientes), náusea (4% y 8% de las pacientes); consumo de vasopresor (1,67 ± 0,89 mg y 1,88 ± 0,74 mg) y pH de la arteria umbilical (7,25 ± 0,04 y 7,26 ± 0,04), en los grupos Cristaloide y Coloide, fueron semejantes respectivamente. CONCLUSIONES: En las condiciones estudiadas, el coloide (gelatina fluida modificada) se mostró equivalente al cristaloide (Ringer con lactato) en el sentido de garantizar el bien estar materno y fetal.
Databáze: OpenAIRE