Resultados hospitalares da intervenção coronária percutânea primária em mulheres

Autor: Nelson Ricardo Thomas Júnior, Julio Cesar Francisco Vardi, Higo Cunha Noronha, Patricia Teixeira da Silva, Rosaly Gonçalves, Silvio Gioppato, Marcelo José de Carvalho Cantarelli, Hélio José Castello Junior, Leonardo Cao Cambra de Almeida, João Batista de Freitas Guimarães, Evandro Karlo Pracchia Ribeiro
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2011
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva, Volume: 19, Issue: 1, Pages: 58-64, Published: MAR 2011
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.19 n.1 2011
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)
instacron:SBHCI
Popis: INTRODUÇÃO: Mulheres com infarto agudo do miocárdio (IAM) evoluem com maior mortalidade que os homens. A intervenção coronária percutânea (ICP) primária tem papel fundamental na redução da mortalidade no IAM. Buscou-se saber se há diferenças nos resultados hospitalares da ICP primária entre mulheres e homens. MÉTODOS: Entre janeiro de 2002 e outubro de 2008, foram realizadas 428 ICPs primárias, das quais 125 (29,2%) em pacientes do sexo feminino. A técnica e a escolha do material durante o procedimento ficaram a cargo dos operadores. Todos os pacientes receberam terapia antiplaquetária dupla pré-procedimento. RESULTADOS: Pacientes do sexo feminino eram mais idosas (65,1 anos vs. 59,2 anos; P < 0,001), apresentando-se mais frequentemente em Killip III/IV (11,2% vs. 3,3%; P = 0,002). O diâmetro dos stents foi menor nas mulheres (3,1 ± 0,4 mm vs. 3,3 ± 0,5 mm; P < 0,001), mas não foram observadas diferenças quanto à extensão desses stents (19,1 ± 6,5 mm vs. 18,7 ± 6,2 mm; P = 0,55), tempo porta-balão (159,4 ± 110,1 minutos vs. 138,9 ± 138,3 minutos; P = 0,19), uso de inibidores da glicoproteína IIb/IIIa (32% vs. 31%; P = 0,58) ou cateteres de aspiração de trombos (10,4% vs. 9,9%; P = 0,65). O sucesso do procedimento foi similar (97,1% vs. 96,7%) e as mulheres tenderam a evoluir com maior chance de óbito (5,6% vs. 2%; P = 0,06) e acidente vascular cerebral (0,8% vs. 0,3%; P = 0,09). A ocorrência de complicações vasculares maiores (6,4% vs. 5,6%; P = 0,49) foi semelhante nos dois sexos. CONCLUSÕES: Neste estudo as mulheres representam um terço dos pacientes submetidos a ICP primária, têm perfil clínico-angiográfico mais complexo e tendência para evoluir com maior chance de eventos cardiovasculares adversos maiores. BACKGROUND: Women with acute myocardial infarction (AMI) have higher mortality rates than men. Primary percutaneous coronary intervention (PCI) plays a major role in reducing AMI mortality rates. We tried to identify whether there are differences in in-hospital outcomes of primary PCI between women and men. METHODS: From January 2002 and October 2008, 428 primary PCIs were performed, 125 (29.2%) in female patients. The technique and device selection were at the operator's discretion. All of the patients received dual antiplatelet therapy before the procedure. RESULTS: Female patients were older (65.1 years vs. 59.2 years; P < 0.001), and more frequently presented Killip III/IV (11.2% vs. 3.3%; P = 0.002). Stent diameter was smaller in women (3.1 ± 0.4 mm vs. 3.3 ± 0.5 mm; P < 0.001), but there were no differences in stent length (19.1 ± 6.5 mm vs. 18.7 ± 6.2 mm; P = 0.55), door-to-balloon time (159.4 ± 110.1 minutes vs. 138.9 ± 138.3 minutes; P = 0.19), use of glycoprotein IIb/IIIa inhibitors (32% vs. 31%; P = 0.58) or thrombus aspiration catheters (10.4% vs. 9.9%; P = 0.65). Procedure success was similar (97.1% vs. 96.7%) and women had a higher likelihood of death (5.6% vs. 2%; P = 0.06) and stroke (0.8% vs. 0.3%; P = 0.09). Major vascular complications (6.4% vs. 5.6%; P = 0.49) were similar in both genders CONCLUSIONS: In this study women represent a third of the patients undergoing primary PCI, have a more complex clinical-angiographic profile and tend to evolve with a higher probability of major adverse cardiovascular events.
Databáze: OpenAIRE