Cancro Anal em Doentes com Infecção por VIH - Experiência do Hospital de Curry Cabral

Autor: Jorge Cardoso, Vasco Macia, Ana Rodrigues, Dina Póvoas, Cândida Fernandes, Bárbara Flor de Lima, Fernando Maltez
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2016
Předmět:
Zdroj: Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, Vol 74, Iss 2 (2016)
Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia; v. 74 n. 2 (2016): Abril / Junho; 179-184
Journal of the Portuguese Society of Dermatology and Venereology; Vol 74 No 2 (2016): Abril / Junho; 179-184
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instacron:RCAAP
ISSN: 2182-2409
2182-2395
Popis: Introdução: Os homens que têm sexo com homens, particularmente os infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) têm risco aumentado de cancro anal. Ao contrário da maior parte das doenças oportunistas e/ou definidoras de SIDA, os dados são contraditórios no que diz respeito ao efeito da terapêutica antirretrovírica, não sendo claro o impacto da supressão virológica e reconstituição imunitária na evolução da infecção por vírus do papiloma humano (HPV) e prevenção das neoplasias associadas. Actualmente é já recomendada a vacinação de doentes com infecção por VIH contra o HPV; os programas de rastreio do cancro anal, recomendados por algumas organizações, carecem ainda de validação definitiva da sua eficácia.Material e Métodos: Os autores fizeram um estudo retrospectivo dos casos de cancro anal diagnosticados entre 2000-2015 em doentes com infecção por VIH em seguimento no serviço de Infecciologia do Hospital de Curry Cabral, em Lisboa. São avaliadas as características clínicas e epidemiológicas dos doentes com cancro do canal anal ao longo de um período de quinze anos.Resultados: O cancro anal foi diagnosticado em dez doentes, maioritariamente homens HSH, com infecção por VIH com uma duração média de 15,1 anos, com contagem média de linfócitos TCD4+ de 441 células/uL. O diagnóstico foi mais frequentemente realizado no estádio III e o tratamento mais frequente foi cirúrgico, ocasionalmente conjugado com radioterapia. Faleceram 4 doentes.Conclusões: São necessários programas de rastreio consensuais do cancro anal, a par da necessidade de reforço da vacinação contra o HPV nos homens, nomeadamente nos homens que têm sexo com homens, com ou sem infecção por VIH.
Databáze: OpenAIRE