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Conheci Marilza de Melo Foucher como encarregada de missão do Comitê Católico contra a Fome e pelo Desenvolvimento-CCFD, organização não governamental católica francesa que apoiava projetos de agricultores e movimentos sociais em todo mundo e, em particular, na América Latina. Radicada na França desde os anos 1970, permaneceu por lá, embora guardasse profundas ligações com o Brasil. Nascida em Boca do Acre, no Estado do Amazonas, foi instada para fora do país no tempo em que a ditadura endurecia, perseguia e matava seus jovens opositores. Saiu de seu país para se alojar na acolhedora França daquele período de afirmação da juventude e por lá continuou sua militância qualificando-se com a verticalização de sua escolaridade até o doutorado, iniciado no Instituto de Estudos Econômicos e Sociais e finalizado no Instituto de Altos Estudos da América Latina, convivendo com personalidades de seu continente de origem como seu primo poeta e diplomata, saudoso Tiago de Melo, e outros como Jacques Chonchol, o ex-ministro da Agricultura de Salvador Allende que se tornou seu orientador de tese, René Dumont, ex-candidato a presidente da França e um dos pioneiros do debate sobre o meio ambiente, Pierre Salama, Alain Lipietz e outros que se expunham na metropolitana cidade das luzes como o professor Ignacy Sachs, notabilizado pelo conceito de Ecodesenvolvimento que explicitou com clareza... |
