Apoplexia hipofisária

Autor: Almeida, João Paulo Cavalcante de, 1985
Přispěvatelé: Joaquim, Andrei Fernandes, 1980, Tedeschi, Helder, Ghizoni, Enrico, Paiva, Wellingson Silva, Martins, Roberto Sérgio, Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:UNICAMP
ISSN: 1990-2018
DOI: 10.47749/t/unicamp.2020.1157697
Popis: Orientador: Andrei Fernandes Joaquim Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: A apoplexia hipofisária é uma condição aguda potencialmente fatal, associada à déficit visual, disfunção da movimentação ocular extrínseca e alterações endócrinológicas. As opções de tratamento incluem cirurgia ou manejo clínico. No entanto, o impacto no prognóstico clínico das diferentes modalidades de tratamento não é claro. Nesse contexto, é necessário avaliar os resultados do manejo cirúrgico comparados ao conservador na apoplexia hipofisária. MÉTODOS: Realizou-se análise retrospectiva dos pacientes com diagnóstico de apoplexia hipofisária tratados no Toronto Western Hospital (Toronto, ON - Canadá) entre janeiro de 2007 e junho de 2017. Os pacientes foram divididos em dois grupos, segundo o tratamento recebido: cirúrgico ou conservador. Realizou-se revisão de características clínicas e epidemiológicas, assim como avaliação radiológica pormenorizada. O impacto da apoplexia hipofisária na taxa de crescimento / recorrência de adenomas hipofisários foi avaliado. Concomitante, revisão sistemática de literatura foi realizada de acordo com as diretrizes propostas pelo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Através de uma pesquisa no banco de dados MEDLINE (1990-2018), foram identificados estudos comparando os resultados do tratamento conservador e cirúrgico da apoplexia hipofisária. Os estudos selecionados foram revisados quanto à opção de tratamento e resultados, especificamente em relação à resultados endocrinológicos, recuperação de déficits visuais e de disfunção de nervos cranianos (III,IV e/ou VI nervos cranianos) e recorrência do tumor. RESULTADOS: Quarenta e nove (49, 73,1%) pacientes foram tratados cirurgicamente e 18 (26,9%) de forma conservadora. No momento do diagnóstico, déficit visual (38,8% versus 75,5%, p = 0,008) e disfunção de nervos cranianos (27,7% versus 51%, p = 0,058) foram menos comuns no grupo conservador. Os tratamentos conservadores e cirúrgicos tiveram resultados semelhantes em relação a função endocrinológica (hipopituitarismo no grupo cirúrgico: 59,1% versus 44,4% no grupo conservador, p = 0,41), recuperação visual (75% versus 58,3%, p = 0,63) e melhora de disfunção de nervos cranianos (75% versus 69,2%, p = 1,0). No grupo conservador, a regressão tumoral foi observada em 76,4% dos casos, com retração completa em 57,1% dos casos. Através de revisão sistemática, 11 estudos foram selecionados. Nenhuma diferença significativa entre tratamento conservador e cirúrgico para resultados clínicos (recuperação visual: OR 1,45 [0,72-2,92, IC 95%]; recuperação de disfunção de nervos cranianos: OR 2,30 [0,93-5,65, IC 95%]; e hipopituitarismo no último acompanhamento : OR 1,05 [0,64 - 1,74, IC 95%]) ou recorrência do tumor (OR 0,68 [0,20-2,34, IC 95%]) foi observada. CONCLUSÃO: A abordagem individualizada da apoplexia hipofisária, a qual não inclui uma necessidade absoluta de cirurgia, é adequada. O manejo conservador parece ser seguro em pacientes que não apresentam déficit visual, com regressão tumoral na maioria dos casos Abstract: Pituitary apoplexy is an acute, potentially fatal condition, associated with visual impairment, extrinsic ocular movement dysfunction and hypopituitarism. Treatment options include surgery or clinical management. However, the impact on the clinical prognosis of the different treatment modalities is not clear. In this context, it is necessary to evaluate the results of surgical management compared to the conservative one in pituitary apoplexy. METHODS: A retrospective analysis of patients with pituitary apoplexy treated at the Toronto Western Hospital ( Toronto, ON - Canada) between January 2007 and June 2017 was performed. Patients were divided into two groups: surgical or conservative treatment. Baseline characteristics, clinical and radiological outcomes were reviewed. Radiological review for assessment of the impact of pituitary apoplexy in the growth/recurrence rate of pituitary adenomas was performed. Concomitantly, a review of the literature was done according to PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) guidelines. Through a MEDLINE database search (1990-2018), studies comparing the results of conservative and surgical treatment of pituitary apoplexy were identified. Selected studies were reviewed for treatment option, visual, cranial nerves (III,IV and/or VI) and endocrine outcomes and tumor recurrence. RESULTS: Forty-nine (49, 73.1%) patients were managed surgically and 18 (26.9) conservatively. At diagnosis, visual deficit (38.8% versus 75.5%, p=0.008) and cranial nerve palsy (27.7% versus 51%, p=0.058) were less common in the conservative group. Conservative and surgical treatments had similar endocrine outcomes (59.1% versus 44.4% , p = 0.41) and visual (75% versus 58.3%, p=0.63) and cranial nerve improvement (75% versus 69.2%, p=1.0) rates. In the conservative group, tumor regression was observed in 76.4% of cases, with complete shrinkage in 57.1% of cases. The systematic review retrieved 11 studies. No significant difference between conservative and surgical treatment for clinical outcomes (visual field recovery: OR 1.45 [0.72-2.92, CI 95%]; cranial nerve recovery: OR 2.30 [0.93-5.65, CI 95%]; and hypopituitarism at last follow up: OR 1.05 [0.64 ¿ 1.74, CI 95%]) or tumor recurrence (OR 0.68 [0.20-2.34, CI 95%]) was observed. CONCLUSION: Tailoring approach to pituitary apoplexy, one that does not include an absolute need for surgery, is appropriate. Conservative management seems to be safe in patients that present with no visual deficit, with tumor regression in most cases Doutorado Neurologia Doutor em Ciências
Databáze: OpenAIRE
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