Assistência à saúde mental no Brasil: estudo multifacetado em quatro grandes cidades
Autor: | Rosana Teresa Onocko-Campos, Carlos Eduardo Menezes Amaral, Priscila Maria Stolses Bergamo Francisco, Carlos Alberto dos Santos Treichel |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: |
Métodos de Avaliação
030505 public health Atenção Secundária à Saúde Serviços Comunitários de Saúde Mental business.industry Public Health Environmental and Occupational Health Rede de Cuidados Continuados de Saúde 03 medical and health sciences 0302 clinical medicine Atenção Básica Medicine 030212 general & internal medicine Public aspects of medicine RA1-1270 0305 other medical science business Humanities |
Zdroj: | Cadernos de Saúde Pública v.37 n.3 2021 Cadernos de Saúde Pública Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
Popis: | O objetivo deste estudo foi avaliar as características das redes de saúde de quatro grandes municípios brasileiros (Campinas, Fortaleza, Porto Alegre e São Paulo) no que diz respeito à prestação de cuidados em saúde mental. Foram usados como desfechos: (i) local de identificação do problema de saúde mental; (ii) atendimento em saúde mental na atenção básica; (iii) assistência farmacêutica em saúde mental; e (iv) reinserção social. Trata-se de um estudo analítico de métodos mistos, de abordagem concomitante e sequencial, conduzido com 10 gestores e 1.642 usuários de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) dos municípios citados. Observou-se a persistência de serviços de alta complexidade, tais como os hospitais, como locais de identificação inicial dos problemas de saúde mental em Campinas (40% dos usuários) e Fortaleza (37%); baixa proporção de tratamento de saúde mental na atenção básica (Fortaleza, 23%); diferenças entre os municípios no que diz respeito à prescrição de medicamentos psicotrópicos na atenção básica (Porto Alegre, 68%; São Paulo, 64%; Campinas, 39%; Fortaleza, 31%), bem como na falta dos medicamentos prescritos (maior em Fortaleza, 58%; menor em Campinas, 28%); e fragilidade em geral na retomada de atividades laborais (menor em São Paulo, 17%; maior em Campinas, 39%), havendo melhores resultados em geral em relação a atividades religiosas e de lazer (maiores em São Paulo, 53% e 56%, respectivamente). É um estudo que contribui para a discussão do panorama brasileiro da assistência à saúde mental, com evidências da persistência de desigualdades no contexto nacional, e aponta lacunas em algumas configurações das redes de saúde mental com potenciais para melhor desempenho e seguimento longitudinal. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |