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O artigo objetiva realizar uma revisão teórica sobre os registros paleoclimáticos que evidenciam a variabilidade climática e a evolução da deglaciação no Holoceno, na ilha Rei George, Antártica Marítima. O trabalho envolveu a pesquisa bibliográfica em publicações de periódicos nacionais e internacionais, como Science Direct, Google Scholar e Portal de Periódicos da CAPES sobre a temática, tendo como temática os registros sedimentares e biológicos marinhos e terrestres, relacionandos os registros ao testemunhos de gelo. Os registros evidenciam a evolução da cobertura glacial para a ilha Rei George: a) início da deglaciação ocorreu há 9000 anos AP e levou ao recuo das geleiras de descarga até a parte central dos fiordes; b) recuo da margem das geleiras de maré na Baía de Maxwell até a cabeceira do fiorde (enseadas), entre 4,5 e 2,8 mil anos cal AP; c) avanço de geleiras há 3500 anos AP; d) geleiras oscilaram até 1700 anos AP e há registro de estabilização de frentes glaciais marinhas no período Neoglacial (entre 2600 e 1600 cal anos AP; e) houve avanço Neoglacial por volta de 1700 anos AP; f) evolução da deglaciação de plataformas rasas até 1200 anos cal AP; g) eventos frios Neoglaciais entre 250 e 450 anos AP. O inventário de informações geocronológicas e reconstruções paleoglaciais existentes para a região sintetizou evidências da evolução da deglaciação com momentos de estabilização e reavanços no Holoceno. Demonstra-se que há poucos registros sedimentares datados para detalhar as flutuações das margens glaciais nas baías da ilha Rei George. |