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Resumo: Este artigo pauta-se na proposição da discussão teórico-prática sobre o território-rede em um contexto fronteiriço. A discussão tem como principal recorte empírico as dinâmicas territoriais-reticulares de Oiapoque, município localizado no estado do Amapá na fronteira com a Guiana Francesa. Ressaltamos a centralidade da fronteira nas relações socioespaciais estabelecidas territorialmente em Oiapoque, principalmente na produção do espaço urbano. Buscou-se nos conceitos de fronteira, território e rede, nossa base teórica para este trabalho. Além dos levantamentos teórico-conceituais este estudo se pautou em uma abordagem qualitativa. Afirmamos a importância das observações e experiências in loco, executadas entre os anos 2016 a 2018, que permitiram os registros fotográficos e diálogos informais com diferentes protagonistas da fronteira. Os (novos) arranjos territoriais estabelecidos nesta área, como a abertura parcial da Ponte Binacional, tendem a redimensionar os diferentes fluxos sob a lógica reticular, estabelecendo novas formas de produção do espaço, pois possibilitam articulações dos territórios-rede que reorganizam a dinâmica regional e reconfiguram a atuação de diferentes atores que atuam na conexidade desta fronteira, em diferentes níveis, desde o Estado até os piratas, catraeiros e naveteiros. Acreditamos que o entendimento territorial reticular da fronteira, revelam o potencial do território para o descortinar fronteiriço. Palavras-Chave: Território-fronteiriço; Urbano-fronteiriço; Fronteira franco-brasileira. |