Can we find a trace of the Islamic Law in the christian arabe documents of Toledo of the XIIth and XIIIth centuries?

Autor: Jean Pierre Molénat
Jazyk: francouzština
Rok vydání: 2016
Předmět:
Zdroj: Medievalista n.20 2016
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC)-FCT-Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
Medievalista online, Issue: 20, Pages: 1-25, Published: DEC 2016
Medievalista, Vol 20 (2016)
Popis: Durante os séculos XII e XII, os diplomas notariais de Toledo atestam a arabização persistente dos moradores cristãos da cidade tradicionalmente designados como "moçárabes". Não só a grafia e a língua desses diplomas são efectivamente árabes, mas também as fórmulas usadas, a começar pela basmala inicial (a invocação de Deus), têm origem na prática notarial muçulmana. As testemunhas que neles figuram são "testemunhas profissionais", entre as quais se encontram alguns dos notáveis da cidade e que atestam ter visto e ouvido as partes realizar o contrato em questão, sendo assim a celebração do contrato situada num passado próximo, e não no presente, tal como ocorre nos actos notariais da população cristã não-arabizada desse mesmo período. Mas, para lá das questões formais, não é fácil encontrar nesses diplomas uma influência directa do direito islâmico. Até mesmo uma expressão de origem árabe tão evidente como "marjadraque" (marǧi‘al-darak) não remete necessariamente para uma regra do direito islâmico, uma vez que essa garantia já estava prevista no direito dos Visigodos. Também as cláusulas dos contratos matrimoniais, ou das partilhas familiares, se conformam mais facilmente ao Fuero Juzgo que à lei Islâmica. Apesar da enorme influência árabe nos "moçárabes" de Toledo, que durou mais de dois séculos após a conquista cristã da cidade, não é possível encontrar testemunhos que provem o impacto que sobre eles tiveram os preceitos da Lei islâmica. During the 12th and 13th centuries, Toledo´s notarial diplomas certify the persistent Arabization of city Christian populations, traditionally designated as Mozarabic. Not only the script and the and the language of those diplomas are effectively Arabic, but also the used formulas, starting by the initial basmala (God´s invocation), have the origin in the Muslim notarial practice. The featured witnesses are “professional witnesses”, and here one is able to find some of the city’s prominent personalities, who certify have seen and heard both parties establish the contract. That said, the contract celebration is situated in a recent past, and not in the present, as it occurs with the notarial acts form the non-Arab Christian population from the same period. Yet, over and above the formal issues, it is not easy to find a direct influence of the Islamic law in those diplomas. Even an expression of Arab origin as evident as «marjadraque» [marǧi‘al-darak] it does not necessarily addresses to any Islamic law rule, as that guarantee was already assured in the Visigoths’ law. Also, the clauses of the matrimonial contracts or family shares, are more as per the Fuero Juzgo than the Islamic law. Although the enormous Arab influence in the “Mozarabic Christians” from Toledo, which actually lasted more than two centuries after city´s Christian conquer, it is not possible to find testimonies that prove the influence of the Islamic law over them.
Databáze: OpenAIRE