LES AGENTS PÉNITENTIAIRES PRIS À LEURS PROPRES FILETS ?

Autor: Yolanda Campos Maia, Neylson J. B. F. Crepalde, Victor Neiva e Oliveira, Luiza Meira Bastos, Ludmila Mendonça Lopes Ribeiro
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Ciências Sociais v.34 n.101 2019
Revista Brasileira de Ciências Sociais
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS)
instacron:ANPOCS
Revista Brasileira de Ciências Sociais, Vol 34, Iss 101 (2019)
Revista Brasileira de Ciências Sociais, Volume: 34, Issue: 101, Article number: e3410115, Published: 26 SEP 2019
Popis: Neste trabalho, investigamos os componentes das redes pessoais de agentes prisionais e problematizamos se a maior restrição ao ambiente custodial pode ser vista como um efeito do trabalho em penitenciárias. Para tanto, foram utilizadas as entrevistas em profundidade (realizadas entre 2015 e 2017), com presos e agentes da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e os questionários sociométricos aplicados a esses mesmos sujeitos. A partir desses dados, comparamos as redes pessoais dos agentes penitenciários com as dos presos, e utilizamos os seus discursos sobre padrões de interação, dentro e fora da prisão, para entendimento das configurações assumidas. Com isso, constatamos que, muitas vezes, os funcionários do cárcere têm redes mais restritas ao universo prisional, do que os próprios internos, o que é descrito por tais entrevistados como um processo de aprisionamento decorrente do trabalho custodial. In this paper, we investigate the components of prison officers’ personal networks and inquire whether the larger restriction on the custodial environment may be seen as an effect of their work in prisons. In order to do so, we used in-depth interviews (conducted between 2015 and 2017) with agents and captives from the Belo Horizonte Metropolitan Region (RMBH), and sociometric questionnaires applied to these same subjects. From this data, we compared the correctional officers’ personal networks with those of the incarcerated, and used their speeches on interactions patterns, both inside and outside of the prison, to understand the accepted configurations. Thereby, we found out that prison staff often have a network more restricted than the inmates themselves, which is described by the interviewees as an imprisonment process derived from custodial work. Dans ce travail, nous étudions les composantes des réseaux personnels d’agents pénitentiaires et nous problématisons si la restriction la plus importante par rapport à l’environnement de mise en garde peut être considérée comme un effet du travail dans les prisons. Pour cela, nous avons utilisé des entretiens approfondis (réalisés entre 2015 et 2017), avec des prisonniers et des agents de la région métropolitaine de Belo Horizonte (RMBH), en employant des questionnaires sociométriques appliqués à ces mêmes sujets. À partir de ces données, nous avons comparé les réseaux personnels des agents pénitentiaires avec ceux des prisonniers, et nous avons utilisé leurs discours sur les modèles d’interaction, tant à l’intérieur qu’à l’extérieur de la prison, en vue de comprendre les paramètres employés. Grâce à cela, nous avons constaté que, souvent, les agents pénitenciers possèdent des réseaux plus restreints à l’univers carcéral que les propres internes, ce qui est décrit par les personnes interviewées comme un processus d’emprisonnement résultant du travail de garde.
Databáze: OpenAIRE