Biomarcadores plasmaticos de oxidabilidade e inflamação em portadores de hiperalfalipoproteinemia e sua relação com a aterosclerose precoce
Autor: | Nuñez, Carla Evelyn Coimbra, 1979 |
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Přispěvatelé: | Faria, Eliana Cotta de, 1950, Castilho, Lucia Nassi, Pedrosa, Maria Lucia, Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS |
Rok vydání: | 2021 |
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Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) instacron:UNICAMP |
DOI: | 10.47749/t/unicamp.2008.434017 |
Popis: | Orientador: Faria, Eliana Cotta de Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas Resumo: Sabe-se que em determinadas condições, apesar de sua bem estabelecida associação inversa com a doença cardiovascular, a HDL pode tornar-se pró-inflamatória. Achados recentes da literatura a partir de drogas desenvolvidas para elevar o colesterol de HDL reforçaram a preocupação com a funcionalidade da HDL a despeito de sua concentração. Neste sentido, este trabalho propôs-se a verificar na hiperalfalipoproteinemia primária (HIPER-A), descrita por concentrações de HDL-C acima do percentil 90 de uma população (1.700 indivíduos) assintomática local (de Faria, comunicação pessoal-dados não publicados), as concentrações de fatores pró-inflamatórios: proteína c-reativa ultra-sensível (usPCR), fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) e títulos de anticorpos anti-LDL oxidada (acLDLox) e sua relação com a aterosclerose carotídea precoce. A partir de 223 adultos atendidos nos Ambulatórios do Hospital de Clínicas/Unicamp, 155 com HDL-C =68mg/dL, foram definidos como HIPER-A e 68 como controles (HDL-C entre 40 e 68mg/dL), conforme estudo anterior no Laboratório de Lípides/NMCE. O grupo HIPER-A foi dividido em três subgrupos conforme as concentrações de HDL-C: moderados (68-80mg/dL), alto (81-90mg/dL) e muito alto (91-211mg/dL). Observou-se, em análise estatística, a formação de um agrupamento exclusivo dos indivíduos HIPER-A (n=75), distribuídos no 3º (0,20-0,44mg/L) e 4°(0,45-3,70mg/L) quartis para PCR e no 3° (0,33-0,45densidade óptica) e no 4° (0,46-0,93DO) quartil para acLDLox, ambos mais elevados e de maior risco aterogênico. A HIPER-A foi explicada pela reduzida atividade da proteína transferidora de ésteres de colesterol (CETP) e da lípase hepática (HL) e pelo aumento da atividade da lipoproteína lípase (LPL), mostrando aumento do colesterol das sub-frações HDL2 e HDL3 (grupo e subgrupos) e do triacilglicerol (TG) da sub-fração HDL3, apenas no grupo total. As concentrações dos fatores pró-inflamatórios foram similares entre os diversos graus de HIPER-A e controles. Foi observada uma correlação inversa entre o TNF-a e a LPL no subgrupo muito alto. Nenhuma diferença na incidência de manifestações da aterosclerose (DAC e AVC) ou de aterosclerose precoce foi encontrada entre os grupos. Portanto, diferentes concentrações de HDL-C na HIPER-A não conferem um perfil antiinflamatório. Esse fato foi confirmado pela ausência de diferenças entre as repercussões cardiovasculares e o EIM de carótidas entre HIPER-A (grupos e subgrupos) e o controle. A correlação inversa entre a LPL e o TNF-a no subgrupo de elevada atividade de LPL e incluído no grupo de elevado HDL3-TG sugere uma função protetora desta lípase. Estudos futuros deverão explorar a funcionalidade da HDL na HIPER-A, contribuindo para o entendimento da complexa relação entre a HDL e a aterosclerose. bstract: It is known that HDL becomes proinflammatory under certain conditions, although its inverse association with cardiovascular disease is well recognized. Recent findings in the literature from drugs developed to raise HDL-C reinforced the concern about the HDL functionality in spite of its concentration. Thus, we proposed to verify in primary hyperalphalipoproteinemia (hyper-A), described for HDL-C concentrations above 90th percentile values in an asymptomatic local population - a sample of 1700 individuals (de Faria, personal communication) - , the following concentrations of proinflammatory factors: high-sensitive C-reactive protein (hsCRP), tumor necrosis factor alpha (TNF-a) and autoantibodies against oxidized LDL (ab-oxLDL), and their relation with early carotid atherosclerosis. Among the two hundred and twenty-three outpatients at the Unicamp Teaching Hospital, 155 with HDL-C =68mg/dL were defined as hyper-A and 68 individuals as controls (HDL-C between 40 and 68mg/dL), according to previous study at the Lipid Laboratory - NMCE. The hyper-A group was divided into three other subgroups: moderate (68-80mg/dL), high (81-90mg/dL) and very-high (91-211mg/dL), from HDL concentrations. Statistical analyses defined the hyper-A group as an exclusive cluster (n=75) that had been distributed in the 3rd (0.20-0.44mg/L) and 4th (0.45-3.70mg/L) CRP quartiles and in the 3rd (0.33-0.45 optical density) and 4th (0.46-0.93OD) ab-oxLDL quartiles, both showing high atherogenic risks. In our sample, hyper-A showed reduced CETP and HL activities and increased LPL activity. The hyper-A subjects showed HDL2 and HDL3 subfractions enriched with cholesterol, and TG- enriched HDL3 subfraction was found only in the hyper-A group. Concentrations of proinflammatory factors were similar in all grades of hyper-A. A negative and strong correlation between TNF-a and LPL was seen in the very-high group. No differences in atherosclerosis manifestations (stroke and CAD), as well as in early atherosclerosis (IMT), were found among the groups. Thus, different grades of hyper-A did not confer an antiinflammatory profile to hyper-A individuals. This fact is confirmed by the absence of differences in cardiovascular repercussions. The inverse correlation of lipase lipoprotein (LPL) with TNF-a in the very-high group, in a high HDL3-TG background, suggests a protective function for this lipase. Further studies exploring the HDL functionality in hyper-A population may add new insights about the complex relation between HDL and atherosclerosis. Mestrado Ciências Biomédicas Mestre em Ciências Médicas |
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