COVID 19 e sua correlação com eventos trombóticos no sistema nervoso central / COVID 19 and its correlation with thrombotic events in the central nervous system

Autor: Lara Pereira de Sá, Juçara Gonçalves Lima Bedim, Laís Gomes Ferreira, Mariana Neves Pimentel, Yasmin Gomes Sathler, Ana Gabriella Citeli Soares Knupp, Ilana Alves Zanelli Amaral, Pedro Nunes Boechat
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Health Review; Vol 3, No 6 (2020); 19065-19069
Brazilian Journal of Health Review
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron:BJRH
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 3 No. 6 (2020); 19065-19069
Brazilian Journal of Health Review; v. 3 n. 6 (2020); 19065-19069
ISSN: 2595-6825
DOI: 10.34119/bjhrv3n6-290
Popis: Introdução: A COVID-19 constitui-se uma síndrome causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 que vem assolando o mundo em proporções pandêmicas. Nesse contexto, publicações têm apontado a ocorrência de manifestações com potencial envolvimento neurológico. Objetivo: Sob essa perspectiva, o presente estudo tem por objetivo apresentar uma abordagem teórica reunindo dados e correlacionando a COVID-19 com eventos trombóticos no Sistema Nervoso Central. Material e Métodos: Foi realizada revisão bibliográfica sobre o tema em revistas científicas, reunido os dados encontrados nas fontes de consulta e, dessa forma, correlacionado os possíveis eventos trombóticos relacionados à COVID-19. Resultados e discussão: A incidência de Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVEi) em pacientes positivos para COVID-19 permanece incerta. Um estudo realizado em Wuhan, na China, mostrou incidência de 2,34%, enquanto outro estudo realizado em Nova Iorque, mais atual, demonstrou incidência de 0,9%. A idade média dos pacientes acometidos foi de 63,4 anos e a maioria era do sexo masculino. As comorbidades que mais apareceram associadas ao quadro foram hipertensão arterial (64,5%), diabetes mellitus (42,6%) e hiperlipidemia (32%). Dentre os possíveis fatores causais, foi proposto que pacientes com infecções severas por COVID-19 podem desenvolver um estado hiperinflamatório precoce pela tempestade de citocinas que é seguida por um estado pró-trombótico e que é frequentemente complicado com tromboembolismo, tanto venoso quanto arterial, podendo as sequelas trombóticas como o infarto serem encontradas em fases precoces e tardias da infecção. De acordo com resultados de neuroimagem, os padrões mais encontrados de AVEi em pacientes positivos para COVID-19 foram trombose de grandes vasos, embolismo ou estenose (62,1%), seguido por padrão de território multi-vascular (26,2%) e em menor incidência, infarto de pequenos vasos. Conclusão: Diante dos fatos apresentados na discussão, fica notório que ainda não há um parâmetro concreto a respeito da relação da COVID-19 com eventos neurovasculares. Entretanto, há relatos de possíveis acometimentos quando o quadro é mais grave, principalmente de origens tromboembólicas, como demonstrado acima.
Databáze: OpenAIRE