Tradução e língua materna na aula de língua inglesa
Autor: | Camargo, Flávia Cristina de Souza, 1983 |
---|---|
Přispěvatelé: | Bolonhini, Carmen Zink, 1957, Hashiguti, Simone Tiemi, Santana, Vanete Dutra, Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem, Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) instacron:UNICAMP |
DOI: | 10.47749/t/unicamp.2012.853838 |
Popis: | Orientador: Carmen Zink Bolonhini Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem Resumo: O presente estudo tem como objetivo investigar discursivamente os enunciados de professores de inglês a respeito da presença da tradução e da língua materna (LM) em sala de aula de língua estrangeira (LE). Justificamos a escolha pela temática, visto que esta se coloca como questão central nas metodologias de ensino de LEs, apesar de ser muito pouco problematizada por professores e alunos de línguas. Para realizar a pesquisa, entrevistamos nove professores de inglês do interior do estado de São Paulo, os quais lecionam em escolas públicas e privadas, em cursos de idiomas, bem como em aulas particulares. Selecionamos e analisamos os recortes discursivos provenientes dessas entrevistas à luz da Análise do Discurso materialista, partindo do pressuposto teórico de que os sujeitos são afetados por dois esquecimentos (PÊCHEUX, 1983): a ilusão de ser a origem do dizer (esquecimento um) e a de acreditar que, ao dizer, sua mensagem carrega um significado único que será captado pelo interlocutor (esquecimento dois). Ressaltamos que os enunciados destes professores também são atravessados por concepções de língua e de sujeito que sustentam as metodologias de ensino que estes se propõem (ou são propostos a) ensinar, bem como por relações de poder existentes no âmbito escolar. Tais relações são compreendidas com base no pensamento de Foucault (2004), segundo o qual o poder disciplinar é "absolutamente indiscreto, [...] não deixa nenhuma parte às escuras e controla continuamente os mesmos que estão encarregados de controlar; e absolutamente discreto, pois funciona permanentemente e em grande parte em silêncio". Traçamos a hipótese de que o professor, de modo geral, é desfavorável à tradução (e à LM) em aulas de LE e, a fim de comprová-la (ou não), rastreamos os indícios da constituição de seu imaginário, a partir das regularidades discursivas que surgiram ao longo do movimento de análise. Verificamos, ao final, que a maioria dos professores participantes da pesquisa é contrária tanto à tradução quanto à LM em contexto de LE, sendo que, quando estas aparecem em sala de aula, são quase sempre acompanhadas de uma justificativa e/ou marcadas por um vocabulário negativo nos enunciados dos entrevistados Abstract: The present study aims to investigate the discursive utterances of teachers of English on the presence of translation and mother tongue in foreign language classrooms. We justify the choice of the theme, since it is seen as a central issue in teaching methodology of foreign languages, yet it has been very poorly problematized by language teachers and learners. In order to carry out the survey, we interviewed nine teachers of English in the state of São Paulo, who teach in public and private schools, private language courses, and individual classes. We selected and analyzed the discursive excerpts from these interviews, from the perspective of (materialist) discourse analysis' theory, assuming that subjects are affected by two forgettings (PECHÊUX, 1983): the illusion of being the origin of what he says (forgetting number one) and that, when he says, he believes that the message carries a unique meaning that will be clearly understood by the interlocutor (forgetting number two). We highlight that these teachers' utterances are traversed by subject and language concepts that underlie the teaching methods that they propose (or are proposed) to teach, as well as power relations existing at school. We affirm that based on Foucault's statement (2004) that disciplinary power is "absolutely indiscreet, since it is everywhere and always alert, since by its very principle it leaves no zone of shade and constantly supervises the very individuals who are entrusted with the task of supervising; and absolutely discreet, for it functions permanently and largely in silence." We have followed the hypothesis that the teacher is, in general, opposed to translation (as well as the students' mother tongue) in foreign language classes, and, in order to prove it (or not), we traced the evidence of their imaginary, from the discursive regularities that have emerged throughout the analysis. We found, in the end, that most of them are contrary to both translation and mother tongue in the context of foreign language teaching, and when they appear in class, they are almost always justified by the respondents, usually marked by negative vocabulary Mestrado Língua Estrangeira Mestre em Linguística Aplicada |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |