Reatividade plaquetária e exercício físico em pacientes com infarto do miocárdio recente

Autor: Talia Falcão Dalcóquio
Přispěvatelé: José Carlos Nicolau, Flávia Bittar Britto Arantes, Luciano Moreira Baracioli
Rok vydání: 2022
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
Popis: Introdução: É bem estabelecido o benefício da prática regular de exercício na redução da mortalidade cardiovascular e global. Por outro lado, agudamente, o exercício físico é descrito como um fator desencadeador de infarto agudo do miocárdio (IAM). Esses efeitos podem ser explicados, pelo menos parcialmente, pela ação observada do exercício sobre a função plaquetária: enquanto o treinamento físico sustentado se associa à redução da reatividade plaquetária entre indivíduos saudáveis ou com fatores de risco cardiovasculares, a atividade física intensa acarreta aumento da reatividade da plaqueta. Do que seja do nosso conhecimento, no entanto, os efeitos do exercício físico sobre a reatividade plaquetária em pacientes com IAM recente, em uso de dupla terapia antiplaquetária (DAP), não são conhecidos. Objetivos: Avaliar a reatividade plaquetária em pacientes com IAM recente em uso de DAP após treinamento físico pelo VerifyNow P2Y12 (objetivo principal) e após exercício físico intenso pelo Multiplate ADP e ASPI (objetivos secundários). Métodos: Estudo prospectivo, randomizado e aberto. Noventa pacientes previamente sedentários 1 mês pós-IAM não-complicado foram randomizados para um grupo submetido a treinamento físico supervisionado com exercícios de intensidade moderada (grupo intervenção) ou um grupo controle que recebeu orientações sobre estilo de vida saudável, mas não foi treinado (grupo controle). Todos os pacientes utilizaram DAP. A reatividade plaquetária avaliada pelo VerifyNow P2Y12 (medida em P2Y12 reactions units ± PRU), Multiplate ADP e ASPI (medida em área sob a curva - AUC) foi determinada no início e no final do seguimento, após 14 ±2 semanas, imediatamente antes e após a realização de teste cardiopulmonar (TCP) máximo em cicloergômetro. Resultados: Sessenta e cinco pacientes (idade média 58,9 ±10 anos, 73,8% do sexo masculino, 60% IAM com supradesnível do segmento ST) concluíram o seguimento (31 pacientes no grupo controle e 34 pacientes no grupo intervenção). Não houve diferença na reatividade plaquetária pelo VerifyNow P2Y12 entre os grupos no final do seguimento: grupo controle 172,8(±68,9)PRU e grupo intervenção 166,9(±65,1)PRU, p=0,72. Houve aumento da reatividade plaquetária pós-TCP em relação ao repouso tanto no início do seguimento pelo Multiplate ADP e ASPI quanto no final do seguimento no grupo intervenção Multiplate ADP e ASPI (p
Databáze: OpenAIRE