With the Indigenous, a more attractive anthropology

Autor: Sarmento, Francisco
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Anuário Antropológico; Vol. 48 No. 1 (2023): Anuário Antropológico; 73-77
Anuário Antropológico; Vol. 48 Núm. 1 (2023): Anuário Antropológico; 73-77
Anuário Antropológico; v. 48 n. 1 (2023): Anuário Antropológico; 73-77
Anuário Antropológico; Vol. 48 No. 1 (2023): Anuário Antropológico; 78-82
Anuário Antropológico; Vol. 48 Núm. 1 (2023): Anuário Antropológico; 78-82
Anuário Antropológico; v. 48 n. 1 (2023): Anuário Antropológico; 78-82
ISSN: 2357-738X
0102-4302
DOI: 10.4000/aa.10524
Popis: In recent years, members of many native peoples have enrolled in Brazilian universities after a long struggle and state changes concerning their right to assess specific policies. Previously limited, the indigenous presence on university campuses is drawing attention and posing questions about these students and how the courses they take will be handled in the future by the programs nation-wide covering a vast range of subjects, including anthropology.In terms of general historical and political issues, this process has been likened to the images the dominant society still holds of indigenous peoples, and the institutional structures into which they are admitted, notwithstanding regional variations and specific histories of interethnic contact.Coming from worlds transfigured by colonialism, and deeply aware of it, indigenous scholars seek to “indigenize” university spaces. While condemning the Western-promoted plunder and oppression, they compare it with their own knowledge. On the other hand, they appropriate anthropology’s tools with the political and intellectual purpose of debating and interacting with the surrounding non-indigenous world. Hence, the university becomes a proper setting for their cause, as it includes the public that may be interested in other ways of being in the world.
Nos últimos anos, representantes de muitos povos originários têm surgido no cenário acadêmico das universidades brasileiras após muita luta, aliada a uma certa mudança na direção das práticas do estado, em termos de direito e acesso a políticas. Mas essa presença nas universidades, antes restrita aos indígenas, hoje chama atenção e provoca perguntas acerca dos mesmos e como as disciplinas que frequentam continuarão. Este é o caso nos inúmeros programas de diferentes disciplinas, entre os quais os de antropologia, em todo o país. E como se tem encarado esse processo é ao mesmo tempo similar entre todos no que diz respeito a questões históricas e políticas em geral, com imagens que a sociedade dominante tem dos indígenas e o tipo de estruturas das instituições, porém variável para certos grupos ou indivíduos devido às suas regiões, com o seu tempo e as formas específicas de contato. Assim, vindos de um mundo transformado pelo processo colonial, e sabedores disso, estes atores pretendem “indigenizar” os espaços e, à medida que criticam as relações de espólio e opressão pela sociedade ocidental, os contrapõem aos seus conhecimentos e também se apropriam dos instrumentos da disciplina, de maneira política e intelectual, enquanto interação e debate com o universo não indígena. Então a universidade é tomada como um palco muito propício a esta causa, pois nela parecem estar os possíveis ouvintes e interessados nas outras formas de estar no mundo.
Databáze: OpenAIRE