Adolescentes no Serviço de Urgência: O Que Pensam

Autor: Moleiro, Pascoal, Zarcos, Maria Manuel, Gama, Ester, Xavier, Bilhota
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2014
Předmět:
Zdroj: Portuguese Journal of Pediatrics, Vol 33, Iss 4 (2014)
Portuguese Journal of Pediatrics (former Acta Pediátrica Portuguesa); Vol. 33 No. 4 (2002); Pag. 251-255
Portuguese Journal of Pediatrics; vol. 33 n.º 4 (2002); Pag. 251-255
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Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC)-FCT-Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
Acta Pediátrica Portuguesa; v. 33, n. 4 (2002); Pag. 251-255
ISSN: 2184-3333
0873-9781
DOI: 10.25754/pjp.2002.5189
Popis: A adolescência caracteriza-se pela aquisição de atributos entre os quais autonomia e capacidade de decisão. Objectivos: Conhecer a opinião dos adolescentes relativamente, às condições logísticas e de atendimento pelos profissionais de saúde no Serviço de Urgência Pediátrica (UP), às decisões quanto a exames complementares e terapêuticas a instituir e à confidencialidade. Caracterização do estudo: Transversal e descritivo. Material e métodos: Aplicação de um questionário aos adolescentes com idades compreendidas entre os 10 e 14 anos, observados na UP, no período de 15 de Agosto a 20 de Outubro de 2000. As variáveis estudadas foram: idade, sexo, motivo de consulta, acompanhante, tipo de abordagem, opinião quanto à tomada de decisão, confidencialidade e atendimento geral. Resultados: A amostra é constituída por 86 adolescentes. Relativamente à sala de espera, 76% consideraram que esta deve servir para adolescentes e crianças mais pequenas. A linguagem utilizada por parte de médicos e enfermeiros foi considerada adequada em 87% e 85% respectivamente. O atendimento médico e de enfermagem foi considerado adequado respectivamente em 93% e 88%. As questões e explicações foram dirigidas preferencialmente aos adolescentes em 42%. É realçada a necessidade de se criarem condições adequadas ao exame clínico em 23% de respostas. A opinião dos adolescentes sobre quem deve decidir quanto aos exames complementares e terapêutica é que deve ser partilhada igualmente com os pais em 49% e ser predominantemente ou exclusivamente o próprio em 30%. Quanto à questão de informar os pais de assuntos sigilosos 66% acham que só em casos de perigo de vida e/ou para pedir auxílio. O atendimento geral foi considerado muito bom/bom em 96% dos casos. Conclusões: Os adolescentes consideram adequadas as condições logísticas e de atendimento pelos profissionais de saúde e realçam a necessidade de condições propícias ao respeito da sua privacidade. A maioria quer ter um papel activo nas decisões que lhes dizem respeito, pelo que se torna premente envolvê-los. Valorizam a confidencialidade e têm consciência de situações em que é necessária a quebra do sigilo médico. A sensibilização e a educação dos profissionais de saúde nestes aspectos é pertinente.
Portuguese Journal of Pediatrics, Vol 33 No 4 (2002)
Databáze: OpenAIRE