The responses of the authoritarian national developmentalism to the structural economic crisis (1973-1985)

Autor: Carlos Eduardo Santos Pinho
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Political Economy, Vol 40, Iss 2, Pp 411-431 (2020)
Brazilian Journal of Political Economy, Volume: 40, Issue: 2, Pages: 411-431, Published: 17 APR 2020
Brazilian Journal of Political Economy v.40 n.2 2020
Revista de Economia Política
EDITORA 34
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ISSN: 1809-4538
Popis: This research analyzes the Brazilian structural economic crisis throughout the 1970s and 1980s and the political responses of the Authoritarian National Developmentalism (1964-1985). Firstly, the study highlights the nature of the international oil crises of 1973 and 1979, showing an unexpected rise in interest rates by the US Central Bank and the tightening of external credit after 1979. Rising interest rates meant the end of liquidity in the international credit finance market and the beginning of a drastically recessive policy in Brazil. These factors contributed to the erosion of the growth model based on external debt, a model reflected in two main paradigms: the “economic miracle” (1968-1973) marked by high GDP growth rates; and the II National Development Plan (II PND) (1974-1979), focused on deepening the import substitution industrialization (ISI). The collapse of authoritarianism led to hyperinflation, external indebtedness, and the state’s fiscal crisis, exposing the hegemony of rentier, nonproductive financial capitalism. The second part of the article investigates the negative externalities of the structural economic crisis at the social level, such as concentration, centralization, and closing of the decision-making process, hindering workers’ participation; the intensification of union mobilizations for wage recomposition; the spread of unemployment/underemployment in metropolitan regions; the wage squeeze; the increase in unhealthy labor relations and, therefore, the thinning of the social fabric. RESUMO Esta pesquisa analisa a Crise Econômica Estrutural brasileira ao longo das décadas de 1970 e 1980 e as respostas políticas do Nacional-Desenvolvimentismo Autoritário (1964-1985). Em primeiro lugar, argumenta-se a respeito das crises internacionais do petróleo de 1973 e 1979, seguidas, neste último ano, do aumento (inesperado) das taxas de juros pelo Banco Central dos EUA e da restrição do crédito externo. Tais fatores contribuíram para a erosão do modelo de crescimento com endividamento externo, que fora exitoso durante o “milagre econômico” (1968-1973) em razão do elevado crescimento do PIB. O aumento das taxas de juros significou o fim do estado de liquidez no mercado financeiro de crédito internacional e o advento de uma política drasticamente recessiva no Brasil, agravando a crise fiscal do Estado e sucumbindo o modelo de industrialização por substituição de importações (ISI), que deu suporte ao Nacional-Desenvolvimentismo (1930-1985). A crise possui uma dimensão exógena e outra endógena, em virtude, respectivamente, da conjuntura externa adversa acima mencionada e do esgotamento da estratégia de crescimento com endividamento externo bem como da adoção, por parte da tecnoburocracia estatal, da ortodoxia convencional na gestão da política macroeconômica. Tais fatores abriram precedente para a degenerescência de um paradigma de desenvolvimento cujo processo decisório fora centralizado no Poder Executivo e marginalizador tanto da instância parlamentar/partidária quanto da sociedade civil e dos trabalhadores. A crise fiscal do Estado trouxe à tona a hegemonia do capitalismo financeiro rentista e não produtivo. Na segunda parte, o artigo analisa as externalidades negativas da crise econômica estrutural no plano social, tais como (1) o enfraquecimento do poder sindical enquanto veículo de canalização das demandas dos trabalhadores junto ao Estado e ao empresariado, (2) a disseminação do desemprego/subemprego nas regiões metropolitanas e do arrocho salarial, (3) o aumento da insalubridade nas relações laborais e, por fim, (4) o esgarçamento do tecido social, por conta da crença do Estado autoritário na (anti)estratégia recessiva para debelar a crise.
Databáze: OpenAIRE