Contribuição genética para o entendimento da fisiopatologia da doença de crohn / Genetic contribution to understanding the pathophysiology of crohn's disease
Autor: | Luís Fernando Lipka Insfran, Paulo Roberto da Silva Couto, Edis Belini Junior |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | Brazilian Journal of Health Review; Vol. 5 No. 2 (2022); 6265-6278 Brazilian Journal of Health Review; v. 5 n. 2 (2022); 6265-6278 Brazilian Journal of Health Review Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) instacron:BJRH |
ISSN: | 2595-6825 |
Popis: | A Doença de Crohn (DC) integra o grupo das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) e apresenta aspectos multifatoriais, os quais dificultam a correta compreensão de sua fisiopatologia. Apesar de forte componente genético de susceptibilidade, com mais de 200 loci associados, esse explica apenas 1/3 dos eventos, evidenciando a relevância de outros fatores. Assim, objetivou-se avaliar a relação entre a genética, fisiopatologia e a ocorrência da DC. Foi realizada uma revisão bibliográfica na base de dados MEDLINE, utilizando os descritores “Crohn’s disease”, “Genetic Markers” e “Pathology”, no período de 2016 a 2021. Foram encontrados 35 artigos, dos quais 18 foram selecionados para compor esse estudo de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Dentre os distúrbios genéticos associados à etiologia complexa da DC, destacam-se: redução de peptídeos intestinais com função de barreira antimicrobiana, desenvolvimento de microbiota pró-inflamatória, polimorfismos nos genes NOD2, ATG16L1 e IRGM relacionados à autofagia e miRNAs desregulados (ex: miR-100, miR-142-3p e miR-146a). Tais fatores contribuem para o estado inflamatório do trato gastrointestinal e possivelmente para a carcinogênese. Têm sido encontrados padrões de metilação específico na DC com diferentes locais de metilação alterada (VMP1, CARD9, WNT2B), incluindo genes relevantes do sistema imune adaptativo e inato (TNFSF4, ITGB2), todos associados a sua etiofisiopatogenia. Conclui-se que as produções científicas entre 2016 e 2021 resultaram em avanços relevantes para a compreensão da fisiopatologia da DC, mas sua etiologia e patogênese, apesar das diversas teorias propostas, permanecem desconhecidas e muitos aspectos ainda necessitam de investigação. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |