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In this paper, we address the challenges to ethnographically-oriented qualitative research in Uruguayan state facilities for children and adolescents. Based on two qualitative studies, we examine the relevance of conducting research in enclosed institutions that manage the daily lives of children and adolescents within a state framework. Several methodological challenges and questions arise including the different dimensions of institutional access, transit and permanence; the rapport and communication with research participants and key institutional actors; and the writing and dissemination of the results of this type of research. We discuss the possibilities and obstacles associated with qualitative methodologies when carrying out state ethnographies, and the importance of such studies as a way to evidence the living conditions of children and adolescents in these institutions. In the conclusion, we reflect on the ethical dimensions of research. State ethnographies allow us to think about the future of qualitative research, and especially of ethnography, in relation to an ethical task that is constructed in the encounter with those others that shape the research processes. An ethical-political approach that gives agency to the participants in our research, despite the fact that living conditions in these institutions often violate people’s right to be heard. We wonder about the ethical and political relevance of the knowledge produced, considering that public information about some affected groups does not necessarily imply an improvement of their living conditions. Resumen: En este artículo abordamos los desafíos de la investigación cualitativa con orientación etnográfica en espacios administrados por el Estado uruguayo para la atención de niños, niñas y adolescentes. Con base en dos estudios cualitativos, nos preguntamos por la pertinencia de la investigación en instituciones estatales cerradas que gestionan la vida cotidiana de niños, niñas y adolescentes. De esta manera, surgen varias cuestiones y retos metodológicos: las diversas dimensiones del acceso institucional, el tránsito y la permanencia; la relación y comunicación con participantes de la investigación y actores institucionales clave, y la escritura y difusión de los resultados de este tipo de investigaciones. Discutimos las posibilidades y los obstáculos asociados con las metodologías cualitativas aplicadas en etnografías estatales, así como la importancia de estos estudios para evidenciar las condiciones de vida de niños, niñas y adolescentes que viven en estas instituciones. En la conclusión, reflexionamos sobre las dimensiones éticas de la investigación. Las etnografías estatales permiten pensar el futuro de la investigación cualitativa, y en especial de la etnografía, en relación con un quehacer ético que se construye en el encuentro con esas otras personas que configuran los procesos de investigación. Un enfoque ético-político que concede agencia a las personas participantes en nuestra investigación, a pesar de que las condiciones de vida en estas instituciones muchas veces les vulnera el derecho a ser escuchadas. Nos preguntamos sobre la relevancia ética y política del conocimiento producido, considerando que la información pública sobre algunos grupos afectados no necesariamente se traduce en una mejora de sus condiciones de vida. Resumo: Neste artigo, abordamos os desafios da pesquisa qualitativa orientada etnograficamente em espaços administrados pelo Estado uruguaio para o atendimento de crianças e adolescentes. Com base em dois estudos qualitativos, questionamo-nos sobre a pertinência da pesquisa em instituições estatais fechadas que gerem a vida diária de crianças e adolescentes. Desse contexto, surgem várias questões e desafios metodológicos: as várias dimensões do acesso institucional; transições e permanência; a relação e comunicação com os participantes da investigação e com atores institucionais-chave, bem como a escrita e divulgação dos resultados deste tipo de pesquisa. Discutimos as possibilidades e obstáculos associados com as metodologias qualitativas aplicadas em etnografias do Estado, bem como a importância desses estudos para mostrar as condições de vida das crianças e adolescentes que vivem nessas instituições. Na conclusão, refletimos sobre as dimensões éticas da investigação. As etnografias do Estado permitem pensar o futuro da pesquisa qualitativa e especialmente da etnografia, com relação a um fazer ético que se constrói no encontro com aqueles outros que configuram os processos de pesquisa. Uma abordagem ético-política que dá agência às pessoas que participam de nossa pesquisa, apesar de as condições de vida nessas instituições muitas vezes violarem seu direito de serem ouvidas. Questionamos sobre a relevância ética e política do conhecimento produzido, considerando que a informação pública sobre alguns grupos afetados não necessariamente se traduz em melhoria de suas condições de vida. |