Hepatite e Colestase: O Que Escondem as Plantas?

Autor: Baeta Baptista, R, Nóbrega, S, Campos, AP, Candeias, F, Brito, MJ
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2017
Předmět:
Zdroj: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC)-FCT-Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
Portuguese Journal of Pediatrics (former Acta Pediátrica Portuguesa); Vol. 48 No. 1 (2017); 67-72
Portuguese Journal of Pediatrics; vol. 48 n.º 1 (2017); 67-72
Portuguese Journal of Pediatrics, Vol 48, Iss 1 (2017)
ISSN: 2184-3333
Popis: O diagnóstico diferencial de hepatite colestática aguda na criança previamente saudável em idade escolar inclui múltiplas causas, sendo as infecciosas, tóxicas e auto-imunes, as mais comuns. Descreve-se o caso clínico de um rapaz de dez anos com icterícia prolongada, eosinofilia (26,3%) e evidência bioquímica de lesão hepática de tipo misto (transaminases 5 a 10 vezes o limite superior do normal, bilirrubina total 14,4 mg/dL, bilirrubina directa 8,3mg/dL, fosfatase alcalina 732 U/L), com gamma-glutamiltransferase e função hepática normais. Após investigação alargada, incluindo biópsia hepática, admitiu-se etiologia tóxica; tendo-se identificado consumo recente de chás de Cymbopogon citratus (erva-príncipe) e Equisetum arvense (erva-cavalinha) contaminados com pesticidas. A possibilidade de hepatotoxicidade induzida por chás e pesticidas é discutida, após exclusão de outras causas de doença hepática e dada a recuperação total do doente após quatro meses de terapêutica com ácido ursodesoxicólico. Na última década, assistiu-se a um aumento substancial de publicações referentes a lesão hepática induzida por tóxicos (fármacos, suplementos alimentares, produtos de ervanária, metais e até pesticidas). O diagnóstico é de exclusão e requer um elevado índice de suspeição.
Portuguese Journal of Pediatrics, Vol. 48 No. 1 (2017)
Databáze: OpenAIRE