'Taxation is Theft!' - The Formation of an Ultraliberal Counter-Public and Dilma Rousseff’s Pro-Impeachment Protests

Autor: Camila Rocha
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Dados, Volume: 62, Issue: 3, Article number: e20190076, Published: 19 SEP 2019
Dados v.62 n.3 2019
Dados-Revista de Ciências Sociais
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron:UERJ
Dados: Revista de Ciências Sociais, Vol 62, Iss 3
Popis: RESUMO O objetivo deste artigo é apontar o papel desempenhado pelo contrapúblico ultraliberal na convocação e direção dos primeiros protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff. Para tanto, procurei apontar a pertinência da utilização do conceito de contrapúblico para caracterizar as dinâmicas que perpassavam os integrantes de grupos e espaços de debate relacionados ao ultraliberalismo. A partir de uma triangulação de dados empíricos, foi realizada uma reconstrução histórica, bem como demonstrada a existência de um contrapúblico ultraliberal com base no conteúdo de entrevistas em profundidade com militantes. Conclui-se que a reunião precoce desse grupo, na internet, deu início à formação de um contrapúblico ultraliberal calcado na existência de uma identidade coletiva por parte de seus membros. A permanência e institucionalização de tal contrapúblico foi facilitada pelo suporte organizacional e financeiro de uma rede pré-existente de think tanks liberais no país, possibilitando que seus membros pudessem convocar e liderar os primeiros protestos pró- impeachment de 2014. Isso se deu em virtude de mudanças na estrutura de oportunidades políticas relacionadas às revoltas de Junho de 2013 e à reeleição de Dilma Rousseff em 2014. ABSTRACT The goal of this article is to point out the role played by the ultraliberal counter-public in calling and directing the first protests for Dilma Rousseff´s impeachment. In order to do so, I tried to stress the relevance of using the concept of counter-public to characterize the dynamics that permeated the experiences of members of organizations and other spaces of debate related to ultraliberalism. After a triangulation of empirical data, a historical reconstruction was performed, and the existence of an ultraliberal counter-audience was proven by the content of in-depth interviews with militants. It can be concluded that the early establishment of this group on the internet started the creation of an ultraliberal counter-public based on the existence of a collective identity shared by its members. The permanence and institutionalization of such counter-public were facilitated by the organizational and financial support of a pre-existing network of liberal think tanks in the country, enabling its members to convene and lead the first pro-impeachment protests of 2014. This was due to changes in the structure of political opportunities related to the Brazilian June 2013 uprisings and Dilma Rousseff’s reelection in 2014. RÉSUMÉ Le but de cet article est de souligner le rôle joué par le contre-public ultra-libéral dans la convocation et la direction des premières manifestations en faveur de la destitution de Dilma Rousseff. À cette fin, on a essayé de souligner la pertinence d’utiliser le concept de contre-public pour caractériser la dynamique qui imprègne les membres de groupes et les espaces de débat liés à l’ultra-libéralisme. À partir d’une triangulation de données empiriques, une reconstitution historique a été réalisée. Après le contenu d’entretiens avec des militants “pró-impeachment” on a tracé l’existence d’un contre-public ultra-libéral. On conclue que la première réunion de ce groupe, sur l’Internet, a marqué le début de la formation d’un contre-public ultra-libéral fondé sur l’existence d’une identité collective de la part de ses membres. La permanence et l’institutionnalisation d’un tel public ont été facilitées par le soutien organisationnel et financier d’un réseau préexistant de groupes de réflexion libéraux au Brésil, permettant à ses membres de se réunir et de diriger les premières manifestations de 2014 en faveur de la destitution de Dilma Roussef. Cela a été possible grâce à des changements dans la structure des opportunités politiques liées aux soulèvements de juin 2013 et à la réélection de Dilma Rousseff, en 2014. RESUMEN El objetivo de este artículo es señalar el papel desempeñado por el contrapúblico ultraliberal en la convocatoria y dirección de las primeras protestas por el juicio político de Dilma Rousseff. Para ello, señalo la pertinencia de la utilización del concepto de contrapúblico para caracterizar las dinámicas que atravesaban los integrantes de los grupos y espacios de debate relacionados al ultraliberalismo. A partir de una triangulación de datos empíricos, fue realizada una reconstrucción histórica, así como fue demostrada la existencia de un contrapúblico ultraliberal con base en el contenido de entrevistas en profundidad con militantes. Se concluye que la reunión precoz de este grupo, en internet, dio inicio a la formación de un contrapúblico ultraliberal basado en la existencia de una identidad colectiva por parte de sus miembros. La permanencia e institucionalización de tal contrapúblico fue facilitada por el soporte organizacional y financiero de una red prexistente de think tanks liberales en el país, posibilitando que sus miembros pudieran convocar y liderar las primeras protestas a favor del juicio político de 2014. Eso se dio en virtud de los cambios en la estructura de oportunidades políticas relacionadas con las revueltas de junio de 2013 y la reelección de Dilma Rousseff en 2014.
Databáze: OpenAIRE