EMERGING POWERS AND PEACE NEGOTIATIONS: THE EXPERIENCE OF BRAZIL IN THE NUCLEAR TALKS WITH IRAN

Autor: Monica Ellen Seabra Hirst
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: AUSTRAL: Brazilian Journal of Strategy & International Relations; Vol. 8 No. 15 (2019)
AUSTRAL: Revista Brasileira de Estratégia e Relações Internacionais; v. 8 n. 15 (2019)
ISSN: 2238-6912
2238-6262
DOI: 10.22456/2238-6912.91944
Popis: This paper addresses the role of emerging powers and the importance of Southern soft power resources in global peace negotiations. It aims to examine the performance of Brazil as a contributor to peaceful solutions and the de-escalation of international security tension. Brazilian assertive diplomacy during the Lula da Silva government (2003-2010) made special efforts to build bridges in international negotiations to transcend deadlock scenarios. This text will focus specifically on the 2010 Brazil-Turkey joint initiative – known as the Teheran Declaration – set forward to mitigate the international tensions caused by the Iranian nuclear program. Both countries worked together to persuade Iran to accept a fuel swap deal which could de-rail a new round of United Nations Security Council sanctions against Iran. The failure to change the course of Western-led coercive actions indicates the restraints emerging powers face as peace intermediators in global security. The lack of acknowledgement from Western powers, while effective to reverse the success of the Brazilian-Turkey initiative, also postponed positive outcomes in international negotiations with Iran. This text suggests re-visiting the consequences of this postponement, particularly after the Trump administration has walked away from the 2015 Joint Comprehensive Plan of Action with Iran.
Este artigo aborda o papel das potências emergentes e a importância dos recursos de poder brando dos países do Sul nas negociações de paz mundial. Tem-se como objetivo examinar a performance do Brasil como colaborador para soluções pacíficas e não-escalada de tensões no âmbito da segurança internacional. A diplomacia brasileira assertiva do governo Lula da Silva (2003-2010) realizou esforços especiais para a construção de pontes em negociações internacionais para superar cenários de impasse. Este estudo foca especificamente na iniciativa conjunta de Brasil e Turquia, em 2010 – conhecida como Declaração de Teerã –, destinada a mitigar as tensões internacionais causadas pelo programa nuclear iraniano. Ambos os países trabalharam conjuntamente para persuadir o Irã a aceitar um acordo de troca de combustível, com vistas a evitar uma nova rodada de sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) contra o Irã. O fracasso em modificar o curso das ações coercitivas lideradas pelas potências ocidentais evidencia os constrangimentos que as potências emergentes sofrem como intermediadoras da paz na segurança global. A falta de reconhecimento das potências ocidentais, embora eficaz para reverter o sucesso da iniciativa Brasil-Turquia, também adiou resultados positivos nas negociações internacionais com o Irã. Este texto sugere revisitar as consequências desse adiamento, especialmente depois que a administração Trump se afastou do Plano de Ação Conjunto Global de 2015 com o Irã.
Databáze: OpenAIRE