A justificação do tiranicídio na ‘crónica de Dalimil'. A nobreza checa como o ‘corpo místico' do reino

Autor: Éloïse Adde
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2018
Předmět:
Zdroj: Medievalista online, Issue: 23, Pages: 1-29, Published: JUN 2018
Medievalista, Vol 23 (2018)
Popis: EnglishThe chronicle of the so-called Dalimil is the first chronicle written in the Czech language, dating from the early 14th century. In the context of the succession crisis (interregnum of 1306-1310) entailed by the death of Venceslas III, murdered without descent, and the extinction of the Přemyslide dynasty, its author's plane was to establish the political role of the Czech nobility. Next to the emphasis on the election of the ruler by the Lords, the justification of the tyrannicide had to play a crucial role. In front of a king who could be weak (Henry of Carinthie), foreign (John the Blind) or too young (Venceslas II at the beginning of his reign), the nobility had to embody the durability of the State, the "community of the realm", in a dialectic that connected the Lords in the idea of constituting the "mystic body of king". In this text, the necessity of the application of the tyrannicide is not however presented as a novelty, but as a fundamental and almost moral duty of the nobility, which was abandoned because of the rise of the authoritarian exercise of the power by the ruler when the duchy of Bohemia became a Kingdom portuguesA cronica do chamado Dalimil e primeira cronica escrita em lingua checa, datando de inicios do seculo XIV. No contexto da crise de sucessao (interregno de 1306-1310) criada pela morte de Venceslau III, assassinado sem descendencia, e pela extincao da dinastia Přemyslide, o objectivo do autor da cronica era estabelecer o papel politico da Nobreza checa. Apos enfatizar a eleicao do Rei pelos nobres, a justificacao do tiranicidio tinha de desempenhar um papel central. Perante um Rei que podia ser fraco (Henrique de Carinthie), estrangeiro (Joao, o Cego), ou muito jovem (Venceslau II no inicio do seu reinado), a nobreza do reino tinha de garantir a estabilidade do Estado e a “comunidade do reino”, numa dialectica que os apresentava como se fossem “o corpo mistico do rei”. Nesta Cronica, a necessidade do tiranicidio nao e apresentada, porem, como uma novidade, mas como um dever fundamental e quase moral da Nobreza, que fora abandonado devido ao exercicio autoritario do poder pelo monarca, quando o ducado da Boemia se transformara num reino
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