O conceito aristotélico de tragédia e o Íon, de Eurípides
Autor: | Camila Rodrigues Pinto, Lucia Sano |
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Přispěvatelé: | FAPESP |
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | CODEX--Revista de Estudos Clássicos; v. 10, n. 1 (2022): Publicação Contínua; e1012207 CODEX-Revista de Estudos Clássicos; v. 10, n. 1 (2022): Publicação Contínua; e1012207 Codex : Revista de Estudos Clássicos Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
ISSN: | 2176-1779 |
DOI: | 10.25187/codex.v10i1 |
Popis: | Embora o Íon tenha sido escrito por Eurípides, tragediógrafo denominado “o mais trágico de todos os poetas” por Aristóteles (Poética 1453a28-30), a obra foi considerada uma comédia ou algo intermediário aos gêneros trágico e cômico por críticos desde a Antiguidade, boa parte dos quais foi influenciada pelo filósofo. Isso se deve a um conjunto de elementos próprios do enredo e da caracterização dos personagens, como o reconhecimento seguido de final feliz, as situações cotidianas e o tratamento leve dado aos deuses. Assim, vale investigar se, de fato, o Íon pode ou não ser considerado uma peça com aspectos cômicos a partir do conceito trágico de Aristóteles. Para isso, e assumindo, como faremos aqui, que o tratamento dado à mimese como um todo na Poética não é somente poético, mas se relaciona em grande medida com a teoria ética aristotélica, é necessário analisar os aspectos éticos que influenciaram a formulação do gênero trágico pelo autor e como esses aspectos se veem presentes na obra de Eurípides. Dessa forma, torna-se possível um melhor entendimento da tragicidade do Íon no que concerne, principalmente, ao caráter (ethos) e ação (praxis) dos personagens. |
Databáze: | OpenAIRE |
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