MARXISMO, SUJEITO E SUBJETIVIDADE. NEGRI DIANTE DO ANTI-HUMANISMO ALTHUSSERIANO
Autor: | Émerson Pirola |
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Rok vydání: | 2019 |
Předmět: | |
Zdroj: | Sapere Aude; v. 10 n. 19 (2019): DOSSIÊ: PAIXÕES NA FILOSOFIA ANTIGA; 250-273 Sapere Aude-Journal of Philosophy; Vol 10 No 19 (2019): DOSSIÊ: PAIXÕES NA FILOSOFIA ANTIGA; 250-273 Sapere Aude (Belo Horizonte. Online) Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) instacron:PUC_MG |
ISSN: | 2177-6342 2176-2708 |
DOI: | 10.5752/p.2177-6342.2019v10n19p250-273 |
Popis: | Um debate de longa data no interior do marxismo é o entre perspectivas que tenderiam para uma leitura da obra marxiana centrada nas análises sobre a constituição de sujeitos políticos de e em luta, na constituição de uma classe social revolucionária que enfrente a exploração capitalista, e perspectivas centradas nas transformações do capitalismo ou nas dinâmicas estruturais da economia. Podemos dizer, esquematicamente, que as primeiras perspectivas são “subjetivistas” e as segundas “objetivistas”. Nos anos 1960 esse debate se viu determinado pela chamada polêmica do anti-humanismo, lançada por Louis Althusser contra o marxismo por ele criticado como humanista, visto que advogaria por uma noção de Sujeito idealista e abstrata, descolada dos processos estruturais da economia política capitalista. Antonio Negri, por sua vez, deu e dá grande importância para a noção de subjetividade na análise crítica e enfrentamento do capitalismo. Negri, entretanto, não ignora as críticas efetuadas por Althusser ao chamado humanismo, tomando-as como pré-requisito para o desenvolvimento original de sua teoria. Mostramos, portanto, como Althusser desenvolve suas críticas do Sujeito e do humanismo para então desenvolver as posições de Negri diante destas, a construção de sua própria teoria da subjetividade, resgatada do Marx dos Grundrisse, e apontar as limitações do pensamento althusseriano no que concerne à subjetividade.PALAVRAS-CHAVE: Sujeito. Anti-humanismo. Subjetividade. Negri. Althusser. ABSTRACTA long-standing debate within Marxism is the one between perspectives that would tend towards a reading of the Marxian work centered on analyzes of the constitution of political subjects in and in class struggle, the constitution of a revolutionary social class facing capitalist exploitation, and perspectives centered on the transformations of capitalism or the structural dynamics of the economy in general. We can say, schematically, that the first perspective are "subjectivist" and the second one "objectivist". In the 1960s this debate was determined by Louis Althusser's so-called polemic of anti-humanism, in which he criticized certain Marxism as an humanism, since it would advocate for an idealist and abstract notion of subject detached from the structural processes of capitalist political economy. Antonio Negri, in turn, gave and gives great importance to the notion of subjectivity in the dynamics and confrontation of capitalism. Negri, however, does not ignore the criticisms made by Althusser of the humanism, taking them as a prerequisite for the original development of his theory. We thus show how Althusser develops his criticisms of the Subject and humanism to develop Negri's positions for and against them, the construction of his own theory of subjectivity, rescued from Marx’s Grundrisse, and we point out the limitations of Althusser's thought as regards subjectivity.KEYWORDS: Subject. Antihumanism. Subjeticvity. Negri. Althusser. |
Databáze: | OpenAIRE |
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