Suspeita de Apneia Obstrutiva do Sono definida pelo Questionário de Berlim prediz eventos em pacientes com Síndrome Coronariana Aguda
Autor: | Celi Marques-Santos, Eryca Vanessa S. de Jesus, Euvaldo B. Dias-Filho, João Bosco G. Rocha, Bethania de M. Mota, Joselina Luzia Menezes Oliveira, Antônio Carlos Sobral Sousa, Luiz de Souza, José Augusto Barreto-Filho |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2010 |
Předmět: |
Acute coronary syndrome
medicine.medical_specialty Ejection fraction business.industry Incidence (epidemiology) medicine.disease Logistic regression Surgery síndrome coronariana aguda Obstructive sleep apnea Internal medicine questionários Clinical endpoint Medicine Cardiology and Cardiovascular Medicine business Prospective cohort study Stroke Apneia obstrutiva do sono/complicações |
Zdroj: | Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.95 n.3 2010 Arquivos Brasileiros de Cardiologia Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) instacron:SBC |
Popis: | FUNDAMENTO: De um ponto de vista mecanístico, a apneia obstrutiva do sono (SAOS) pode causar distúrbios extras à homeostase cardiovascular na presença de síndrome coronariana aguda (SCA). OBJETIVO: Investigar se um diagnóstico clínico padronizado de SAOS, em pacientes com SCA, prediz o risco de eventos cardiovasculares durante hospitalização. MÉTODOS: Em um estudo de coorte prospectivo, um grupo de 200 pacientes com diagnóstico de SCA estabelecido entre Setembro de 2005 e Novembro de 2007, foram estratificados pelo Questionário de Berlim (QB) para o risco de SAOS (alto ou baixo risco). Foi testado se o subgrupo de alto risco para SAOS apresenta maior tendência à eventos cardiovasculares. O endpoint primário avaliado foi um desfecho composto de morte cardiovascular, eventos cardíacos isquêmicos recorrentes, edema pulmonar agudo e acidente vascular cerebral durante a hospitalização. RESULTADOS: Noventa e quatro (47%) dos pacientes identificados pelo QB apresentavam suspeita de SAOS. Alto risco para SAOS estava associado com uma mortalidade mais elevada, embora sem diferença estatística (4,25% vs 0,94%; p=0,189), mas com uma estatisticamente significante maior incidência de desfecho composto de eventos cardiovasculares (18,08% vs 6,6%; p=0,016). No modelo de regressão logística, os preditores multivariados de desfecho composto de eventos cardiovasculares foram idade (OR = 1,048; IC95%: 1,008 a 1,090; p=0,019), fração de ejeção do VE (OR = 0,954; IC95%: 0,920 a 0,989; p=0,010), e risco mais elevado de SAOS (OR = 3,657; IC95%: 1,216 a 10,996; p=0,021). CONCLUSÃO: O uso de um questionário simples e validado (QB) para identificar pacientes com risco mais elevado de SAOS pode ajudar a prever o desfecho cardiovascular durante a hospitalização. Além disso, nossos dados sugerem que SAOS é muito comum em pacientes com SCA. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |